A gigante mundial de vendas on-line Amazon lançou a Amazon Pharmacy, uma farmácia digital dentro do seu site de varejo e aplicativo que permite a compra de medicamentos controlados, revelou a agência de notícias Bloomberg. Empresa já havia adquirido a statup de farmácias PillPack como prévia da estratégia para o segmento.
Por enquanto, a iniciativa vale para os Estados Unidos, sendo que os membros do programa Prime da empresa terão ofertas especiais. Os consumidores podem pagar com o seguro saúde. Já os clientes Prime que não usam seguro têm direito a descontos em medicamentos genéricos e de marca no site da Amazon ou em cerca de 50 mil farmácias participantes.
Segundo analistas, a iniciativa coloca a Amazon em uma competição direta com os gigantes de farmácia como CVS Health e Walgreens Boots Alliance, as duas maiores redes dos Estados Unidos. A mudança também ajuda a Amazon a competir com o Walmart e outras lojas que já vendem medicamentos controlados.
Especialistas há muito tempo antecipam um mergulho mais profundo da empresa de comércio eletrônico de Seattle na área de saúde, com a aposta de que ela pode trazer seu patrimônio digital e potência logística para um setor de cerca de US$ 4 trilhões (R$ 21,4 trilhões) nos Estados Unidos, mas com reputação de ineficiente.
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Segundo as fontes ouvidas pela agência de notícias, a nova oferta da Amazon chega mais de dois anos após a aquisição da PillPack por US$ 753 milhões (R$ 4 bilhões), uma farmácia on-line conhecida por organizar receitas em pacotes. Para eles, a empresa demorou a integrar a startup em suas ofertas.
Tardio ou não, com o anúncio das vendas on-line, a empresa, que já havia abalado varejistas de medicamentos com a aquisição da PillPack, agora ganha musculatura, e os consumidores podem solicitar medicamentos controlados diretamente na Amazon pela primeira vez.
Anteriormente, os clientes eram redirecionados para o site da PillPack. Uma farmácia integrada elimina uma das poucas lacunas nas ofertas da Amazon em comparação com rivais de supermercados, algumas das quais há muito tempo vendem medicamentos nas mesmas lojas em que oferecem televisores de tela plana ou latas de sopa.
“Projetamos a Amazon Pharmacy para colocar os clientes em primeiro lugar – trazendo a obsessão do cliente da Amazon para um setor que pode ser inconveniente e confuso”, disse à Bloomberg o vice-presidente da Amazon Pharmacy e cofundador da PillPack, TJ Parker.
No Brasil, a venda de medicamentos pela internet é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tendo a RDC 44/09 como referência. Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto.
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