O mais recente Boletim Epidemiológico da Covid-19, do Ministério da Saúde (MS), traz balanço de infecções em profissionais de saúde. Segundo o informativo, 15 farmacêuticos e quatro auxiliares de farmácia tiveram a versão mais grave da doença. Três farmacêuticos e dois auxiliares morreram.
O documento, publicado na quarta-feira (8/7), apresenta uma análise sobre o perfil de casos e óbitos da doença, trazendo também o mais recente balanço de infecções pelo novo coronavírus em profissionais de saúde que estão atuando, desde o início da pandemia, na assistência às pessoas com Covid-19. Essa edição do boletim apresenta a análise referente à Semana Epidemiológica 27, que compreende de 28/06 a 04/07/20.
De acordo com o boletim, até a semana 27, foram notificados 786.417 casos de Síndrome Gripal suspeitos de Covid-19 em profissionais de saúde no e-SUS Notifica. Desses, 173.440 (22,1%) foram confirmados com a doença. Já os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Hospitalizado indica que foram notificados 1.219 casos em profissionais de saúde no SIVEP-Gripe. Desse total, 697 (57,1%) foram causados por Covid-19 e 367 (30,1%) encontram-se em investigação.
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As profissões com maior registro de casos de Covid-19 foram os técnicos ou auxiliares de enfermagem (59.635), seguido dos enfermeiros (25.718), médicos (19.037), Agentes Comunitários de Saúde (8.030) e recepcionistas de unidades de saúde (7.642). Farmacêuticos somaram 3.320 infectados e técnicos em farmácia e manipulação farmacêutica, 2.101 casos.
Em relação aos casos graves da doença (SRAG), que necessitaram de internação hospitalar, foram confirmados 697 casos. Os técnicos ou auxiliares de enfermagem foram os mais afetados, com 248 casos, seguido dos médicos (150) e enfermeiros (130). 15 farmacêuticos e quatro auxiliares de farmácia tiveram a SRAG. Além disso, 138 mortes foram registradas para Covid-19 entre os profissionais de saúde, sendo cinco da área de farmácia.
O secretário de Vigilância em Saúde do MS, o farmacêutico Arnaldo Correia de Medeiros, destacou a capacidade técnica da parte assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nossas equipes de saúde estão atendendo as pessoas ininterruptamente e isso destaca o esforço que todos estão desempenhando. Por causa do esforço do governo e dos profissionais de saúde por todo o País, temos conseguido evitar mais casos de doentes e mortes”, destacou Medeiros.
De acordo com o secretário, o Ministério da Saúde tem incentivado o atendimento e acompanhamento médico já nos casos leves da Covid-19. No início dos sintomas ou em caso de contato próximo com algum caso confirmado, a orientação é procurar o serviço de saúde mais próximo, quando o profissional médico avaliará caso a caso, considerando, inclusive, o contexto da exposição e o perfil (se idoso ou com comorbidades, por exemplo). O objetivo é garantir o atendimento precoce e evitar o agravamento do quadro clínico dos pacientes para salvar vidas.
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