O Conselho Federal de Farmácia (CFF) vai regulamentar as competências clínicas do farmacêutico no cuidado e na educação da pessoa com diabetes. Nesta sexta-feira, 28/12, os conselheiros federais de Farmácia pelo estado do Rio Grande do Sul, Roberto Canquerini (titular) e Leonel Almeida (suplente), apresentaram uma minuta ao Plenário, que será analisada pela Comissão de Legislação e Regulamentação, em conjunto com a Assessoria Técnica.
A proposta está alinhada à sugestão encaminhada ao CFF pelo professor Lysandro Borges, de Sergipe, por meio da conselheira federal de Farmácia pelo estado, Fátima Aragão, em setembro do ano passado. O professor trabalhou na elaboração da minuta junto com o Departamento de Farmácia da Sociedade Brasileira de Diabetes , formado pelo coordenador do Departamento de Farmácia da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), José Vanilton de Almeida, sendo membros ainda os farmacêuticos Mônica Lenzi, professora Angelita Melo, diretora de Formação da Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica (SBFC), o conselheiro federal de Farmácia suplente pelo Rio Grande do Sul, Leonel Almeida, o professor Lizandro Borges (SE), Eliete Bachrany Pinheiro (SP) e Wesley Magno Ferreira (GO).
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Conforme o conselheiro federal de Farmácia suplente pelo RS, a regulamentação se faz necessária para atender os novos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Diabetes Tipo 2, recentemente publicados pelo Ministério da Saúde. “O documento incluiu o farmacêutico entre os principais atores para o monitoramento da diabetes e é necessário criarmos regulamentações que respaldem a atuação do farmacêutico conforme os protocolos e as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde, que são os norteadores para a implantação de serviços voltados ao cuidado das pessoas com doenças crônicas.”
Para o conselheiro federal de Farmácia titular pelo RS, Roberto Canquerini, destaca que a atualização do PCDT em dezembro de 2023, reconheceu a importância da atuação do farmacêutico, especialmente na educação em saúde para o uso de dispositivos no cuidado em diabetes. Essa importância tem sido demonstrada em números obtidos no estado representado pelo conselheiro.
Estimativa realizada pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, coordenada pelo conselheiro federal suplente mostrou que para cada real investido na contratação de farmacêuticos encarregados do acompanhamento de pacientes com diabetes e asma, R$2,50 retornam para os cofres municipais. Em Porto Alegre, em um ano, 1,5 mil consultas farmacêuticas para pacientes com asma e 16 mil para os de diabetes resultaram em uma economia de R$8,3 milhões.
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