Farmacêutica tem até 2030 para comprovar eficácia de novo medicamento contra Alzheimer

Farmacêutica tem até 2030 para comprovar eficácia de novo medicamento contra Alzheimer

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, concedeu, à Biogen, o prazo até 2030 para que a farmacêutica comprove que o Aduhelm, seu novo medicamento contra o Alzheimer, tem realmente potencial de frear a doença que destrói as células do cérebro.

Conforme publicado pelo Olhar Digital, o período concedido pela agência gerou insatisfação da comunidade científica.

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“Achamos que nove anos é inaceitável e nossa expectativa é que isso aconteça em um período de tempo muito mais curto”, disse Maria Carrillo, da Alzheimer’s Association, um grupo de defesa que pressionou pela aprovação, mas agora quer que a FDA estabeleça um prazo mais rápido.

A FDA, contudo, não detalhou os motivos para conceder um prazo tão distante para a conclusão de um medicamento que é tão importante e aguardado.

Cabe destacar que ainda há os custos dos estudos do Aduhelm, que são estimados em cerca de US$ 56 mil (quase R$ 282 mil) ao ano.

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Polêmicas do Aduhelm

Além dessa atual divergência, ainda permeiam as polêmicas quanto à eficácia do medicamento. Em junho passado, quando deu a aprovação do uso do Aduhelm, a FDA afirmou que o medicamento tem capacidade para reduzir a amiloide de pacientes com Alzheimer.

Porém, alguns pesquisadores questionam esse potencial, afirmando que é preciso analisar melhor o papel do amiloide. Na época, o diretor do escritório de novos medicamentos da FDA, Peter Stein, afirmou que os pacientes querem usar o fármaco mesmo diante dessas incertezas.

“Ouvimos muito claramente dos pacientes que eles estão dispostos a aceitar algumas incertezas para ter acesso a um medicamento que pode fornecer um benefício significativo na prevenção da progressão desta doença”, afirmou Stein.

Outras iniciativas contra o Alzheimer

O Brasil desenvolveu um exame revolucionário que detecta o Alzheimer precocemente com até 30 anos antes da doença surgir. O teste foi criado por cientistas brasileiros e já está com estudos clínicos em fase inicial. Este novo exame foi desenvolvido pelo farmacêutico e professor do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Gustavo Alves.

Alves, que conduz os cursos de Pós-graduação em Farmácia Clínica e Farmácia Hospitalar no ICTQ, explicou o exame e como ele pode contribuir no combate à doença.

“Nós conseguimos comprovar a viabilidade do teste de saliva como preditivo para pessoas com Alzheimer. A partir do momento em que o paciente sabe que tem propensão a desenvolver a doença - ou que está nos estágios iniciais ou antes - ele pode tomar medidas em relação à alimentação e à dieta”.

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