O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu, na sexta (12/03), que farmácias sejam liberadas para aplicar a vacinação em todas as pessoas, após a imunização dos grupos mais vulneráveis ser concluída no País.
A declaração foi dada ao portal Jota, na qual Guedes traçou um comparativo com os Estados Unidos para justificar a alternativa, que consiste em utilizar toda a mão de obra disponível na área da saúde, inclusive, farmácias e drogarias, para fazer a vacinação em massa.
"Nos EUA as pessoas estão se vacinando até em drogaria. No Brasil, assim que trouxermos a vacina e tivermos vacinados os idosos, vamos usar o SUS, mas também a rede de farmácia, profissionais qualificados em clínicas, vamos usar todo mundo (...). O importante é vacina todo mundo”, disse.
Além disso, o ministro defendeu que a imunização em massa é o caminho para combater não apenas a Covid-19, que já acumula 278.229 mortes no Brasil (dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, atualizados em 14/03), mas, também, para reduzir o desemprego e possibilitar a retomada da economia brasileira.
"A vacinação em massa derruba o desemprego rapidamente, derruba a taxa de mortalidade rapidamente, ela permite o retorno seguro ao trabalho", argumentou.
De acordo com o ministro, se o Brasil avançar na vacinação, há a expectativa que o País volte à sua normalidade no prazo de cinco a seis meses.
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"A prioridade incontornável é a vacinação em massa. [...] Temos que criar essa imunização do povo brasileiro para garantir que a economia informal volte. Depois, esse desemprego em massa, que é informal, vai recuando e o Brasil vai voltando à normalidade”, afirmou Guedes.
Farmacêuticos vacinadores
A ideia de Guedes vem em encontro com o pensamento do professor do ICTQ– Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Mikael Flambertto, que ministra aula no Programa de Habilitação de Farmacêuticos em Vacinação.
Antes mesmo de Guedes defender a proposta da vacinação contra a Covid-19 nas farmácias, o professor, em entrevista exclusiva ao ICTQ, já havia alertado quanto à possibilidade futura dos farmacêuticos aplicarem o imunizante, para acelerar a agenda de vacinação do Brasil.
De acordo com Flambertto, isso gerará uma maior demanda nas farmácias. E, consequentemente, aumentará a procura para capacitação de farmacêuticos em vacinação, pois, eles serão de extrema utilidade à sociedade.
“Acredito que se os farmacêuticos estiverem capacitados, eles poderão dar um respaldo enorme na imunização da população. Eles deverão, inclusive, trabalhar como vacinadores na campanha do Calendário Nacional de Imunização ou em outras iniciativas que, com certeza, irão surgir, porque o Ministério da Saúde (MS) vai precisar bastante”, destacou.
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