O Ministério da Saúde divulgou três datas que poderão marcar o início da vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) no Brasil. Segundo a pasta, a imunização poderá começar, na melhor das hipóteses, em 20 de janeiro de 2021. Já a segunda possibilidade seria a partir da mesma data, mas podendo ser até 10 de fevereiro. No terceiro cenário, a aplicação de um potencial antígeno começaria a partir do décimo dia do segundo mês do próximo ano.
Apesar das expectativas do Governo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que, até o momento, nenhuma empresa farmacêutica realizou uma solicitação de uso emergencial, ou para o registro definitivo, de um potencial antígeno contra a Covid-19 no Brasil.
“A Anvisa não está parada e nem atrasando nenhum processo de liberação. Essa é uma pergunta que tem sido muito feita: será que a Anvisa está parada? Por que não está liberando [uma vacina]? Primeiro, nestas duas semanas, sendo a do Natal e essa posterior, nós [a Anvisa] trabalhamos intensamente, fazendo reuniões com as empresas [farmacêuticas] e verificando se elas estão com alguma questão [dúvida] que não tenha ficado clara, verificando se elas precisam esclarecer algo [sobre uma potencial vacina] para poder realizar a submissão [do pedido de uso emergencial ou registro], mas o fato é: até o momento, não temos nenhum pedido, nem de autorização de uso emergencial, nem de registro de vacina”, destacou o farmacêutico e gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, que também é professor do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, durante entrevista à Globo News, nesta quinta-feira (31/12).
As reuniões
Ontem (30/12), a Anvisa se reuniu com representantes da AstraZeneca no Brasil para discutir a previsão de apresentação do pedido de uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pela companhia farmacêutica em parceria com a Universidade de Oxford.
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Como o imunizante recebeu autorização para o uso emergencial no Reino Unido, o antígeno está a um passo de ser liberado para o uso de emergência em território nacional, pois, “normalmente, é necessária a aprovação no país de origem de uma vacina antes que os pedidos de uso emergencial possam ser feitos nos países onde ela está sendo testada”, conforme explicou a coordenadora dos estudos da vacina de Oxford no Brasil, Lily Yin Weckx, em matéria publicada no G1.
Segundo a revista Isto É, o órgão sanitário já participou de 48 reuniões com laboratórios, justamente, para fornecer informações e acompanhar os antígenos que estão em desenvolvimento. Ainda ontem (30/12), a Anvisa se reuniu também com representantes da Pfizer, novamente para discutir a possível liberação de uso emergencial de um imunizante no Brasil.
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