Em pandemia, ministro da saúde demite técnicos e nomeia militares

Em pandemia, ministro da saúde demite técnicos e nomeia militares

Em meio ao estado de calamidade, ocasionado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o novo ministro da saúde, Nelson Teich (foto), já nomeou cinco militares para cargos de coordenação e direção da pasta. Além disso, o levantamento do jornal O Globo, divulgado na segunda-feira (11/05), aponta, ao todo, sete indicações com origem militar, além de exonerações de técnicos do órgão, que funciona sob o guarda-chuva do Governo Federal.

As nomeações estão gerando polêmica em diversos sites e redes sociais, pois, há muitos questionamentos sobre qual o real sentido dessas indicações: "Eu pergunto: o que os militares entendem de saúde? Militar entende de alguma coisa [de saúde]? Eles foram educados para defender o País em um conflito de guerra", afirma um internauta, por meio de um comentário no portal UOL.

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Entre as primeiras nomeações, de militares recrutados para a pasta, está a do general, Eduardo Pazzuelo, que chefiou a operação acolhida (elaborada para receber imigrantes venezuelanos). Nesse caso, ele foi nomeado para a secretaria-executiva do MS. Em seguida, foi a vez do tenente-coronel, Alberto José Braga Goulart, para chefiar o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Estado do Maranhão.

Em algumas alterações, os militares substituíram servidores de carreira do órgão, como no caso do tenente-coronel, Marcelo Blanco Duarte (assessor no Departamento de Logística). Ele assumiu o lugar de Adriana Maria Pinhate, servidora efetiva da pasta, desde 2012.

Durante a primeira semana de maio de 2020, houve uma nova leva de militares nomeados aos cargos do Ministério. Foram recrutados os tenentes-coronéis: Jorge Luiz Kormann (diretor de programa), Paulo Guilherme Ribeiro Fernandes (coordenador-geral de planejamento), Reginaldo Machado Ramos (diretor de Gestão Interfederativa e Participativa) e a terceiro-sargento, Emanuella Almeida Silva (coordenadora de Pagamento de Pessoal e Contratos Administrativos).

Demissões

Entre alguns dos nomes demitidos estão diretores de departamento e programas da Secretaria de Vigilância em Saúde, como o coordenador-geral de emergências e saúde pública, Rodrigo Lins Frutuoso. Segundo o UOL, algumas exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (D.O.U.), sem indicar os substitutos para as posições.

Além das nomeações dos militares, para postos-chave no MS, Teich também exonerou dois políticos que faziam parte do núcleo duro do Ministério durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta, sendo eles: os ex-deputados federais, Abelardo Lupion e José Carlos Aleluia.

Preocupação interna

Segundo O Globo, a inciativa de Teich, em nomear militares para postos de servidores de carreira com histórico de atuação em saúde pública, tem gerado preocupações internas na pasta.

Um servidor, que não quis revelar sua identidade ao veículo, disse que o recrutamento de militares tem causado atraso na resolução de processos que já estavam em andamento, em meio à pandemia.

Além disso, outro interlocutor, que também não revelou a identidade, afirma que a pasta está com dificuldades para repor funcionários para posições estratégicas. Um exemplo seria o caso do posto para a chefia da assessoria de assuntos internacionais do órgão, que está vago desde o início da atual gestão.

Questionamentos

Teich tem sido muito questionado sobre qual a razão das nomeações de militares para postos estratégicos da pasta de saúde. Recentemente, ele foi indagado sobre o assunto em uma sessão na Câmara dos Deputados.

Na ocasião, o ministro da saúde afirmou que novas medidas não são permanentes. “Essas pessoas [os militares] não são definitivas. Conforme a situação voltar ao normal, essas pessoas vão voltar aos seus lugares e ‘não militares’ vão ser colocados", prometeu.

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