Batizada de ACT Accelerator, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) visa tornar mais rápidos o desenvolvimento, a produção e o acesso a diagnósticos, medicamentos, tratamentos, testes e vacinas contra a Covid-19, que já matou mais de 192 mil pessoas em todo o mundo. Vários países declararam apoio à instituição, entre eles, França, Itália, Espanha, Reino Unido, Arábia Saudita, África do Sul, Ruanda e Costa Rica.
O programa Access to Covid-19 Tools Accelerator, ou simplesmente ACT Accelerator, foi lançado nesta sexta-feira (24/4) como uma ‘colaboração emblemática’ para acelerar o desenvolvimento de medicamentos, testes e vacinas seguros e eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar a Covid-19.
De acordo com a OMS, a iniciativa irá tornar as tecnologias contra a doença “acessíveis a todos que precisam delas, no mundo inteiro”, conforme divulgou o G1. Um balanço da OMS com dados até 20 de abril aponta que, até agora, ao menos 76 pesquisas de vacinas estão em andamento em todo o mundo, 71 delas em fase pré-clínica e cinco em fase clínica.
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“Desde janeiro, a OMS trabalha com milhares de pesquisadores em todo o mundo para acelerar e acompanhar o desenvolvimento de vacinas – desde o desenvolvimento de modelos animais até projetos de ensaios clínicos e tudo mais. Também desenvolvemos diagnósticos que estão sendo usados em todo o mundo, e estamos coordenando um estudo global sobre a segurança e eficácia de quatro terapêuticas contra o Covid-19”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“O mundo precisa dessas ferramentas e precisa delas rapidamente”, adicionou Ghebreyesus e completou: “Estamos enfrentando uma ameaça comum que só podemos derrotar com uma abordagem comum. A experiência passada nos ensinou que, mesmo quando as ferramentas estão disponíveis, elas não estão igualmente disponíveis para todos. Não podemos permitir que isso aconteça”.
Países apoiaram a iniciativa
Líderes mundiais apoiaram a resolução da OMS. O presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, estavam entre aqueles que participaram de uma videoconferência para anunciar o plano. Ursula afirmou que a expectativa é arrecadar 7,5 bilhões de euros (cerca de R$ 46,2 bilhões) até o início de maio para apoiar a iniciativa.
O primeiro-ministro Giuseppe Conte, da Itália, um dos países mais afetados pela pandemia, afirmou que o vírus já ensinou ao mundo que não respeita fronteiras e que a cooperação internacional é a única forma de combatê-lo. “Descobrir e distribuir uma vacina é a única forma de vencer essa batalha”, disse ao participar da apresentação, como revelou o Valor Econômico.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, defendeu o papel desempenhado pela entidade durante a crise, enquanto a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, pediu que vacinas e tratamentos desenvolvidos em todo mundo sejam compartilhados com todos.
A apresentação do ACT Accelerator contou também com a participação dos líderes do Reino Unido, Arábia Saudita, África do Sul, Ruanda, Costa Rica, entre outros países. O programa conta com o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, da União Europeia, do Banco Mundial e de lideranças empresariais e políticas de vários países do mundo.
Uma grande ausência foram os Estados Unidos. O presidente Donald Trump não participou da videoconferência e ainda criticou a OMS por ter demorado a reagir ao surto e “ser centrada na China”, além de ter anunciado a suspensão do financiamento à agência das Nações Unidas.
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