O prefeito de Barra Mansa (RJ), Rodrigo Drable, revelou que está negociando a vinda de uma indústria farmacêutica para o município, informou o Diário do Vale. Segundo o político, a unidade deve gerar 380 empregos e os salários médios serão “três vezes mais altos que os de mercado”.
A revelação do prefeito foi feita durante uma transmissão ao vivo feita pelas suas redes sociais. Ele não citou o nome do laboratório, mas disse que, com a pandemia, há empresas estrangeiras interessadas em investir no País e destacou que uma lei de incentivo fiscal que iguala a tributação no Estado do Rio de Janeiro à do Espírito Santo deve contribuir para isso.
Segundo os especialistas, cada vez mais farmacêuticos têm se interessado pela área industrial, seja pelas boas oportunidades que oferece de ascensão profissional e também pela remuneração, mais atraente do que outros segmentos. Ao passo que é mais valorizada, a carreira industrial é também das mais concorridas e que exige capacitação constante.
Boa parte das oportunidades está localizada em Estados que possuem polos industriais. De acordo com o Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2021, produzido pela Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Rio de Janeiro tem marcado presença no segmento. O Estado é o terceiro do País, representando 10,14% do faturamento total do setor e com 5,69% da quantidade de embalagens comercializadas.
A maior concentração de indústrias farmacêuticas continua no Estado de São Paulo, que, sozinho, responde por 56,25% do total de empresas do setor no País, detendo 76,85% do faturamento e 64,89% da quantidade de embalagens comercializadas. Na sequência, em termos de quantidade de unidades vendidas, vem Goiás, com 14,61% do total, e 4,34% do faturamento.
Tomando-se como base o maior polo fabril farmacêutico do País – São Paulo –, a faixa salarial do farmacêutico industrial, segundo pesquisa do portal Salario.com.br, fica entre R$ 5.968 e R$ 13.062, sendo que a média de remuneração fica em R$ 6.539 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
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Segundo os especialistas, ser farmacêutico na indústria exige do profissional conhecimentos aprofundados de gestão industrial e ferramentas da qualidade, normas nacionais e internacionais de Boas Práticas de Fabricação, técnicas de controle de qualidade, gestão de projetos e processos e, principalmente, da legislação sanitária do setor.
A farmacêutica industrial e professora da pós-graduação de Gestão da Qualidade e Auditoria em Processos Industriais do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Luciana Colli, destaca que, para quem quer seguir carreira na indústria, é preciso muita dedicação para estudar, desenvolver a própria capacidade de trabalhar em grupo e de gerir pessoas e processos.
Ela dá algumas dicas para o farmacêutico que deseja entrar na Indústria. “Investir em qualificação, tanto técnica quanto de cultura em geral. Ter fluência em idiomas, fazer intercâmbio e investir na própria imagem, na capacidade de construir relacionamento e rede de contatos”.
A professora do ICTQ revela também quais são as áreas que mais remuneram na indústria. “A área de gestão da qualidade, assuntos regulatórios, marketing e estratégia são as mais interessantes e atrativas na indústria farmacêutica”, diz. “Mas requerem um pouco além do conhecimento técnico. É preciso ser criativo, flexível e capaz de trazer soluções para a empresa”, ensina Luciana.
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