Uma nova vacina, que poderá ser usada no combate ao novo coronavírus chegou aos estágios de testes finais. A substância está sendo desenvolvida por um grupo de cientistas do Instituto de Pesquisas da Galileia (MIGAL, em sigla original), em Israel. Segundo o chefe da equipe, Chen Katz, as aplicações que deverão verificar a eficácia em humanos começam em 1º de junho de 2020.
“Nós já estamos nos estágios finais e em poucos dias teremos as proteínas - os componentes ativos da vacina”, destacou o líder dos pesquisadores, em matéria publicada no portal do Estadão. De acordo com os estudiosos, incialmente, a equipe estava desenvolvendo uma vacina para o vírus da Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG), doença comum nessas espécies de aves.
A substância estava sendo pesquisada há quatro anos, entretanto, os cientistas estão fazendo uma adaptação dessa vacina para que ela também seja utilizada no combate à Covid-19. “Nosso conceito básico foi desenvolver uma tecnologia geral e não uma vacina específica para esse ou aquele tipo de vírus”, destacou Katz.
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Segundo ele, após alguns ajustes genéticos a vacina poderá ser aplicada em humanos. “A estrutura científica da vacina é baseada em um novo vetor de expressão proteica, que forma e secreta uma proteína solúvel quimérica, a qual entrega o antígeno viral nos tecidos da mucosa por endocitose autoativada, fazendo com que o corpo forme anticorpos contra o vírus”.
Já o presidente do MIGAL, David Zigdon, explicou que a pesquisa multidisciplinar constatou que o vírus encontrado nas galinhas possui uma grande semelhança com a forma do novo coronavírus, que afeta humanos. De acordo com ele, ambos compartilham os mesmos métodos de infecção.
“Nosso objetivo é produzir a vacina entre as próximas oito ou dez semanas, para alcançarmos a aprovação de segurança em 90 dias. Essa vacina será oral, tornando-a particularmente acessível ao público geral”, disse.
Aprovação
O governo de Israel tem facilitado ao máximo para que a vacina seja desenvolvida. A pesquisa foi financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia daquele país. Em 27 de fevereiro, o ministro da pasta, Ofir Akunes, também adiantou todas as aprovações necessárias para que os cientistas consigam concluir os estudos, chegando a um processo de finalização e, posteriormente, comercialização, conforme revelou o Estadão.
Outras pesquisas
De acordo com a divisão de pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, já existem 41 iniciativas de vacinas sendo estudadas para serem utilizadas no combate ao novo coronavírus.
Em todo o mundo, cientistas e representantes da indústria farmacêutica correm contra o tempo para encontrar uma substância eficaz, capaz de conter a pandemia.
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