Maioria dos acionistas do laboratório anglo-sueco Astrazeneca rejeitou aumento do bônus para o presidente do grupo, Pascal Soriot, revelou O Globo. Caso fosse aprovada, remuneração adicionaria cerca de R$ 132 milhões às contas do executivo ainda neste ano.
De acordo com o que foi divulgado pelo jornal The Guardian, a Astrazeneca sofreu uma rebelião de acionistas por conta de propostas para pagar ao presidente prêmios de bônus maiores pelo segundo ano consecutivo. Aproximadamente 40% dos acionistas votaram contra a iniciativa, que poderia render a Soriot quase £18 milhões (R$ 132 milhões).
Na reunião anual da empresa, no Reino Unido, a Astrazeneca conseguiu obter a aprovação para sua política de remuneração, que exigia o apoio dos acionistas detentores de mais de 50% das ações da empresa, mas os investidores que possuíam 39,8% das ações se opuseram.
Grupos de consultoria de acionistas e gestores de fundos de grande notoriedade, incluindo Aviva Investors e Standard Life Aberdeen, orientaram a decisão de votar contra o pagamento. A Associação de Investimentos do Reino Unido também emitiu um alerta ‘ambar top’, o segundo mais severo em um sistema sobre governança corporativa.
Lucro da Astrazeneca dobrou no 1º trimestre
Um dos primeiros a desenvolver uma vacina contra a Covid-19, em parceria com a Universidade de Oxford, o laboratório Astrazeneca anunciou que fechou os três primeiros meses do ano com lucro de 100% em relação ao mesmo período de 2020.
De acordo com a empresa, as vendas no período saltaram de US$ 6,35 bilhões (R$ 34,48 bilhões) para US$ 7,32 bilhões (R$ 39,75 bilhões), enquanto o lucro líquido subiu para US$ 1,56 bilhão (R$ 8,47 bilhões), contra US$ 780 milhões (R$ 4,24 bilhões) registrados no mesmo período de 2020.
Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente
O lucro operacional ficou em US$ 1,9 bilhão (R$ 10,32 bilhões), em comparação com US$ 1,22 bilhão (R$ 6,62 bilhões) no ano anterior. Já o lucro por ação foi de US$ 1,18 (R$ 6,40) no trimestre, contra US$ 0,59 (R$ 3,20) no mesmo trimestre em 2020. A empresa disse que o desenvolvimento de sua vacina contra o novo coronavírus teve um impacto negativo de US$ 0,03 (R$ 0,16) no lucro pró-forma por ação no trimestre.
Ainda segundo a companhia, foi mantida uma perspectiva dada anteriormente para o ano inteiro, que era de aumento da receita total em uma percentagem baixa e o lucro básico por ação subindo de US$ 4,00 (R$ 21,72) para US$ 5,00 (R$ 27,15), tudo a taxas de câmbio constantes.
Participe também: Grupos de WhatsApp e Telegram para receber notícias farmacêuticas diariamente.
Obrigado por apoiar o jornalismo profissional
A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.