A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu hoje (30/12), com representantes da AstraZeneca no Brasil para discutir a previsão de apresentação do pedido de uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), desenvolvida pela companhia farmacêutica em parceria com a Universidade de Oxford.
Ainda hoje (30/12), o imunizante recebeu autorização para o uso emergencial no Reino Unido. Com isso, o antígeno está a um passo de ser liberado para uso de emergência em território nacional, pois, conforme explicou a coordenadora dos estudos da vacina de Oxford no Brasil, Lily Yin Weckx, em matéria publicada no G1, “normalmente, é necessária a aprovação no país de origem de uma vacina antes que os pedidos de uso emergencial possam ser feitos nos países onde ela está sendo testada”.
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Segundo informações divulgadas pelo portal da revista Isto É, durante a reunião ficou definido que o pedido de autorização para uso emergencial do antígeno no Brasil será feito por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é o laboratório parceiro da farmacêutica AstraZeneca no País.
Nesse sentido, a Fiocruz deve pedir o registro à Agência na próxima semana. Por isso, o governo investiu R$ 1,9 bilhão para compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses do imunizante.
De acordo com Anvisa, o prazo de avaliação da solicitação é de até dez dias contados a partir da entrada do pedido realizado de maneira formal, mas ele pode ser reduzido, pois, informações apresentadas na Submissão Contínua para registro serão consideradas. Essa medida, segundo a Agência reguladora, visa evitar “o retrabalho” e promover “a otimização do processo”.
Previsão de vacinação
Na terça-feira (29/12), o Ministério da Saúde (MS) revelou à imprensa que a previsão para começar a vacinação contra a Covid-19 em território nacional seria entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro do próximo ano. Contudo, o órgão do Governo reforçou a necessidade de registro do respectivo imunizante junto à Anvisa.
Nesse sentido, recentemente, a pasta também havia anunciado uma previsão de recebimento de 15 milhões de doses do imunizante de Oxford em janeiro e outras 15,2 milhões em fevereiro de 2021.
Outras reuniões
Por hora, o órgão sanitário já participou de 48 reuniões com laboratórios, justamente, para fornecer informações e acompanhar os antígenos que estão em desenvolvimento, ainda de acordo com as informações publicadas pela revista.
Ainda hoje (30/12), a Anvisa se reuniu também com representantes da Pfizer, novamente para discutir a liberação de uso emergencial do imunizante em território nacional.
Com exclusividade à equipe de jornalismo do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, a Pfizer revelou que “ao longo do encontro, e diante dos esclarecimentos feitos pela Agência, a empresa entendeu que há a possibilidade de a Anvisa modular pontos específicos do Guia de Submissão para Uso Emergencial, possibilitando uma maior agilidade na submissão desse tipo de processo”.
Nesse sentido, a Pfizer destacou que "continuará dando andamento ao processo de submissão contínua junto à Agência, em busca de uma rápida aprovação do registro de sua vacina", concluiu.
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