A Sorrento Pharmaceuticals, companhia sediada em San Diego, Estados Unidos, pretende entrar no mercado brasileiro com ‘muita força’, conforme declarou o presidente da companhia, Henri Ji, ao Valor Econômico.
Além do Brasil, a Sorrento também quer fazer o mesmo no México. De acordo com Ji, essa estratégia se dá em vista das dificuldades logísticas que alguns países têm para administrar as vacinas. “Esses países precisam de uma alternativa”, defendeu Ji.
Ele cita que, muitas das vezes, os imunizantes necessitam de temperaturas muito frias. E, essa necessidade se transforma em oportunidades para empresas que, assim como a Sorrento, desenvolvem tratamentos e profiláticos mais fáceis de transportar e armazenar.
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No mercado brasileiro, a Sorrento vai apostar na distribuição do seu medicamento antiviral contra a Covid-19, o covishield.
Em outubro de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a empresa a iniciar o teste em fase 2 deste medicamento a base de anticorpos no País, com cerca de 400 voluntários.
Segundo a companhia, esses anticorpos se ligam à proteína spike do coronavírus e impedem o vírus de entrar na célula e conseguir se replicar para espalhar a infecção.
Novas oportunidades para farmacêuticos industriais
Com a chegada de uma nova indústria no Brasil, o setor estará mais aquecido. No entanto, para a atuação nessa área, que já é uma das mais concorridas e valorizadas no mercado, o farmacêutico industrial precisa estar atualizado e capacitado.
Até porque, com o avanço da legislação do setor, a crescente preocupação com a qualidade dos produtos industrializados e a necessidade de aumento de produtividade industrial, exigem que cada vez mais o farmacêutico tenha essas atribuições em seu currículo.
Afinal, ser farmacêutico industrial exige esses conhecimentos aprofundados de gestão industrial, além de domínio em ferramentas da qualidade, normas nacionais e internacionais de Boas Práticas de Fabricação, técnicas de controle de qualidade, gestão de projetos e processos e, principalmente, da legislação sanitária do setor.
A farmacêutica industrial e professora da pós-graduação de Gestão da Qualidade e Auditoria em Processos Industriais do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Luciana Colli, destaca que, para quem quer seguir carreira no setor industrial, é preciso muita dedicação para estudar, desenvolver a própria capacidade de trabalhar em grupo e de gerir pessoas e processos.
Segundo a professora, no início da carreira não existiam muitos cursos de pós-graduação na área, então foi preciso aprender na prática, lendo e estudando sozinha. “Era um grande desafio devido à complexidade dessa área de atuação. Mas, atualmente tenho uma carreira madura, ministro aulas, trabalho na indústria e presto consultoria”.
A professora afirma gostar dessa área desde quando cursava a faculdade. “Um dia, um pequeno empresário precisava do serviço e me convidou para fazê-lo. Na época, eu não tinha muita experiência, e ele, poucos recursos financeiros. Mas abracei a oportunidade e acreditei no meu desempenho profissional, e isso me ajudou muito. Foi a partir dessa primeira experiência que adquiri conhecimentos novos e que me valeram muito. E foi a partir daí também que percebi que a área demanda conhecimento nos diversos setores das empresas”.
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