O presidente da gigante farmacêutica estatal Sinopharm, Li Zhiming, renunciou ao cargo alegando “motivos pessoais", segundo informou a companhia à Bolsa de Valores de Hong Kong. Até hoje (13/01), a indústria foi a única empresa que conseguiu obter autorização condicional para comercializar sua vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) na China, de acordo com o Estadão.
Por meio de nota à imprensa, a Sinopharm afirmou que Zhiming deixa de ser presidente do Conselho, mas que "ele confirmou que não tem divergências com a entidade e que não há nenhum assunto relacionado à sua renúncia que deva chamar a atenção de acionistas e credores da companhia". Nesse sentido, a empresa farmacêutica ainda destacou que suas atividades continuam “operando normalmente”.
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No mesmo comunicado, a Sinopharm também oficializou a nomeação de Yu Qingming, que até então era CEO da companhia, como o novo presidente do Conselho de Administração. Um ponto importante é que após o anúncio das mudanças, as ações da farmacêutica perderam, hoje (13/01), 1,8% de seu valor em Hong Kong, depois das 14h, horário local (3h em Brasília).
Vale ressaltar que na terça-feira (12/01), por meio de outra nota à Bolsa de Hong Kong, a Sinopharm já havia divulgado uma mudança: Li Hui, CEO de uma de suas subsidiárias, a China National Medicines Corporation (CNCM), também renunciou ao cargo com a mesma alegação "motivos pessoais", fato que, de acordo com a diretoria da companhia, "não terá um efeito adverso tangível nas operações", conforme explica o Estadão.
A Sinopharm
A Sinopharm conseguiu ganhar destaque internacional em meio à pandemia do novo coronavírus, pois, se tornou uma das farmacêuticas chinesas à frente do desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 naquele país asiático. Inclusive, um de seus antígenos, desenvolvido com sua subsidiária Beijing Biological Products Institute, conseguiu autorização condicional para ser comercializado em 31 de dezembro de 2020, um dia depois que sua eficácia de 79,3% foi divulgada.
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