O Governo do Estado de São Paulo anunciou uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa farmacêutica chinesa Sinovac para a produção de uma vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). Essa iniciativa pode resultar no desenvolvimento da substância imunizante até o final de 2020.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o centro de pesquisa biológica está "fortemente empenhado" no desenvolvimento da vacina: "Essa é uma vacina que já está em fase adiantada, na realidade é a segunda vacina que entra em estudo clínico no mundo, e a tecnologia envolvida na vacina da Sinovac é uma tecnologia tradicional, com a qual o Butantan tem experiência", revelou ele, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Covas destacou ainda que o cronograma para divulgação dos resultados do estudo clínico é até o final de outubro deste ano. Caso a eficácia da substância seja comprovada, a produção do agente imunizador poderá ter início no começo de 2021.
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Ainda durante a coletiva, o governador de São Paulo, João Doria, falou da iniciativa com bastante otimismo: "Hoje é um dia histórico para São Paulo e para o Brasil, assim como para a ciência mundial. O Instituto Butantan fechou acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotec para a produção da vacina contra o coronavírus. Os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano. E com essa vacina nós poderemos imunizar milhões de brasileiros", destacou.
Os testes
De acordo com Doria, a empresa farmacêutica fornecerá ao Instituto Butantan várias doses do possível antígeno para que os testes clínicos de fase 3 sejam realizados em milhares de pessoas por todo território nacional.
"O acordo prevê a participação de São Paulo na realização de testes clínicos dessa vacina, com o acompanhamento de nove mil voluntários brasileiros a partir do próximo mês de julho, dentro, portanto, de três semanas, nove mil voluntários já estarão sendo testados aqui no Brasil", explicou o governador.
Investimento
Para a iniciativa, o Governo do Estado investiu R$ 85 milhões. Ainda na coletiva, Covas, que também é membro do comitê de contingência contra o novo coronavírus em São Paulo, explicou que essa fase de testes sinaliza uma possível eficácia da substância. "Obviamente uma fase de estudo 3 ela não é certeza de que a vacina vai funcionar, mas você não entra numa fase 3 se você não tem as evidências de que ela funciona". Vale ressaltar que para o início dos estudos clínicos é necessária a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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