Na contramão de muitas empresas em todo o mundo, indústrias farmacêuticas tiveram lucros exorbitantes no primeiro trimestre de 2020. Esse foi o caso da Johnson & Johnson. A companhia superou as expectativas de receita e lucro nesse período, em decorrência da alta demanda, ocasionada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Nesse sentido, a J&J faturou US$ 20,7 bilhões (equivalente a R$ 110 bilhões) em vendas nos três primeiros meses desse ano, com ganhos de US$ 2,30 (em média R$ 13,45) por ação.
De acordo com a revista Forbes, em uma divulgação dos resultados, a indústria farmacêutica destacou que a comercialização de produtos de consumo como Tylenol e Zyrtec cresceram quase 10%, devido ao fato de os consumidores terem estocado medicamentos vendidos sem receita, principalmente, substâncias para reduzir a febre e outros sintomas associados ao novo vírus.
Atualmente, a Johnson & Johnson tem um valor de mercado estimado em US$ 387 bilhões (mais de R$ 2 trilhões). Em março, a companhia anunciou que também está empenhada na descoberta de uma vacina contra a Covid-19, avisando que a previsão é que em setembro de 2020 tenha início os testes em humanos.
Segundo o diretor científico da J&J, Paul Stoffels, a empresa pretende entregar 1 bilhão de substâncias imunizantes até 2021. A revelação foi feita em entrevista à BBC.
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Já em segundo lugar na lista de medicamentos e biotecnologia é a Pfizer, número 49 da lista geral, que possui um valor de mercado de US$ 207 bilhões (mais de R$ 1 trilhão). No início de maio de 2020, a indústria farmacêutica começou os testes em humanos de uma vacina contra o novo vírus. Segundo a Pfizer, caso encontre uma substância imunizante eficaz na prevenção da Covid-19, poderá produzir milhões de doses até o final de 2020 e centenas de milhões de unidades até 2021.
Em meio à pandemia, a Pfizer também superou seus lucros no primeiro trimestre de 2020, pois, mesmo com a queda de 8% em relação ao ano anterior, o rendimento foi maior do que o esperado pela empresa.
Outras gigantes do segmento
Vale lembrar ainda das indústrias farmacêuticas suíças Novartis e Roche Holding. As duas empresas completam o quadro entre as cinco principais companhias da categoria de medicamentos e biotecnologia do mundo. Em conjunto, as gigantes farmacêuticas e biotecnológicas integram a lista Global 2000 deste ano. Segundo a Forbes, em 2019, ambas somaram um rendimento de US$ 158 bilhões (equivalente a R$ 922 bilhões), com um valor de mercado estimado em US$ 4,1 trilhões (mais de R$ 23 trilhões).
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