Indústria Farmacêutica clandestina produzia medicamentos em betoneiras

Indústria Farmacêutica clandestina produzia medicamentos em betoneiras

Ontem (04/12), a Polícia Civil fechou uma fábrica clandestina de medicamentos para emagrecer que funcionava em Cachoeira Alta, no sudoeste de Goiás, mas que tinha ramificações em outras regiões do Estado, como em Paranaiguara, e alguns endereços em Minas Gerais. Na operação, que envolveu mais de 40 policiais, 9 pessoas foram presas. Com exclusividade ao ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, o delegado que investigou o caso, Carlos Roberto Batista, deu detalhes de como a investigação chegou aos suspeitos.

“Na cidade onde tudo começou, em Paranaiguara, já havia boatos de que algumas pessoas trabalhavam com esse tipo de medicamento. O Ministério Público da região começou  a investigar juntamente com o delegado Rafael, que essas informações realmente procediam e encontraram elementos que indicavam a fabricação e a venda dos remédios, e foi quando começou a investigação. Além disso, algumas pessoas ostentavam uma vida luxuosa na região”, conta. 

Ainda de acordo com o delegado, entre os suspeitos, não há nenhum profissional farmacêutico ou da área da saúde. “A princípio não, a fabricação era bem clandestina mesmo”, afirmou. “Esses remédios eram vendidos pela internet, como se fossem autorizados. Eram fabricados de forma bem rudimentar, bem precária. Eles misturavam as substâncias em uma betoneira, aquela de misturar cimento. Mas na internet, a aparência era de que era um remédio bom”, revela.

O delegado ainda orientou sobre como é importante o consumidor verificar a procedência do medicamento. “A população tem que checar, inclusive na Anvisa, se o medicamento é autorizado”, informa. O agente também afirma que será averiguado se os suspeitos usavam rótulos de registros de órgãos de regulamentação nos medicamentos. “Será investigado, pegamos os rótulos e as embalagens e vamos investigar”.

Em nota, distribuída ao Portal G1, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou desconhecer o fabricante. “Não há nenhum fabricante de medicamentos com autorização de funcionamento da Anvisa no município de Cachoeira Alta”. O órgão também salientou sobre os perigos de consumo dos medicamentos. “As pessoas não devem fazer uso de produtos clandestinos, pois não há nenhuma garantia sobre a sua composição, origem e segurança para a saúde dos consumidores”, orienta.

Os suspeitos seguem presos temporariamente, até o final da investigação. “Alguns foram presos em flagrante e outros não. A lei nos dá um prazo de 30 dias para concluir as investigações, provavelmente, ao final dos procedimentos investigativos, vamos pedir que a prisão seja mantida”, diz o delegado. Se condenados, os suspeitos poderão pegar até 15 anos de reclusão.

O jornalismo do ICTQ tentou ouvir o Conselho Regional de Farmácia de Goiás, mas a área de comunicação da instituição disse não ter tempo hábil para fornecer informações.

Assista a reportagem da TV Globo sobre a operação policial.

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