Para efeito de comprovação de obesidade como comorbidade para vacinação contra a Covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (AM) aceita laudo assinado por farmacêuticos que ateste essa condição, revelou o jornal A Crítica. Documento é emitido após a realização do exame de bioimpedância e avaliação antropométrica.
Com a medida, a declaração pode ser facilmente adquirida em uma farmácia, onde existem profissionais devidamente habilitados para o serviço. Além do farmacêutico, a Secretaria de Saúde de Manaus aceita o laudo assinado por qualquer profissional de saúde de nível superior. É a forma que o órgão encontrou para aumentar o número de pessoas obesas imunizadas contra a Covid-19.
O laudo é emitido após a realização do exame de bioimpedância com avaliação antropométrica. Em Manaus, o exame custa cerca de R$ 25, já a declaração de obesidade, assinada pelo farmacêutico, é gratuita, segundo A Crítica. Nela constam resultados como índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal, quadril, idade corporal, dentre outras informações.
Segundo a orientação dos farmacêuticos, conforme o jornal, o paciente deve realizar o exame logo após acordar, ou cerca de duas horas após uma refeição. Quanto às restrições, a orientação é que se deve evitar fazer o exame após exercício físico vigoroso, banho ou ingestão de qualquer líquido em excesso, inclusive água.
Para o farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, uma das vantagens do laudo nas farmácias é a facilidade de acesso ao serviço, beneficiando os pacientes.
“A farmácia é um importante estabelecimento de saúde, conforme estabelece a Lei 13.021/14, e o farmacêutico, como profissional da saúde, tem o contato mais próximo do paciente”, diz Poloni, destacando que essa foi uma decisão da prefeitura de Manaus. “Entretanto, essa conduta pode variar de prefeitura para prefeitura, devendo ser consultado como está sendo feito em cada cidade”.
Obesidade aumenta em até 4 vezes o risco de morte por Covid-19
A obesidade (IMC igual ou maior do que 40) é uma das comorbidades prioritárias para vacinação contra a Covid-19 no Brasil, devido ao número de óbitos e à quantidade de pessoas nesse grupo de risco. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada quatro brasileiros tem algum grau de obesidade. Em Manaus o índice de obesos (23%) é maior que o da média nacional (19,8%), conforme dados do Ministério da Saúde, citados pelo portal Mazé Mourão.
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Estudo desenvolvido por pesquisadores dos Estados Unidos, com 5.652 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, entre fevereiro e maio de 2020, concluiu que pacientes obesos tinham até quatro vezes mais chances de morrer por Covid-19, principalmente indivíduos do sexo masculino com menos de 60 anos.
Um dado importante do estudo, que foi publicado na revista científica Annals of Internal Medicine, é que a obesidade foi analisada com a exclusão de fatores extras como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Dados de mulheres grávidas também foram retirados da pesquisa. Contudo, os especialistas ressaltam que pessoas nessas condições são consideradas também um grupo vulnerável aos casos mais graves da Covid-19.
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