Com a situação preocupante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na Itália, que se tornou o novo epicentro de proliferação do vírus, os farmacêuticos italianos estão trabalhando sob um sistema de segurança. Entre muitas orientações, a Federfarma, órgão responsável pelo setor naquele país, recomendou alguns protocolos importantes para os profissionais que trabalham em farmácias. Em todo o território italiano, os equipamentos de proteção individual (EPI) são obrigatórios.
O órgão recomendou que os farmacêuticos atendam com a farmácia fechada ou com alguma forma de isolamento do profissional. Nesse sentido, muitos estabelecimentos adaptaram uma alternativa de barreira de separação nos balcões, que é feita por meio de um vidro de proteção que separa o farmacêutico do paciente.
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As luvas e máscaras cirúrgicas também estão dentro do protocolo recomendado. O fornecimento desses produtos está, inclusive, sendo realizado pelo Governo italiano. “A nossa prioridade é permitir que os médicos, enfermeiros, farmacêuticos e todos os integrantes da equipe de saúde trabalhem com segurança. Com valentia e abnegação, eles se esforçam para curar os cidadãos nessa emergência, sem poupar esforços”, garantiu o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte.
Outra medida importante é que a Cruz Vermelha Italiana, em colaboração com a Federfarma, intensificou o serviço de entrega em domicílio para pacientes que estão em situação de vulnerabilidade. A iniciativa é gratuita e foi disponibilizado até um número de telefone de emergência para o qual as pessoas podem ligar e fazer os pedidos.
Para o presidente da Federfarma, Andrea Bellon, essa ação é extremamente importante no âmbito de prestação de serviços de saúde: "Ao expandir o serviço de entrega de medicamentos em casa, as farmácias demonstram, mais uma vez, um espírito de iniciativa e compromisso incansável de fornecer à população toda a assistência de que precisam”, esclareceu.
Em Veneza, um trabalho realizado pela Associação Nacional de Psicólogos em Farmácia (Anpif) com a Federfarma tem prestado assistência psicológica aos pacientes nas unidades farmacêuticas. O projeto tem previsão de duração de três a seis meses e visa acalmar a população, devido ao pânico generalizado ocasionado pela pandemia.
"Mesmo diante de uma emergência de saúde como a atual, a farmácia pode ser um local de escolha para minimizar, rapidamente, o desconforto, respondendo às necessidades dos cidadãos, que necessitam receber informações seguras e tranquilizadoras”, ressalta o presidente da Federfarma.
Situação da pandemia na Itália
A Itália se tornou o epicentro da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o último balanço da Defesa Civil, divulgado na segunda-feira (16/03), o número de mortos naquele país chegou a 2.158 vítimas. Já os infectados ultrapassam 28 mil casos. O crescimento foi de 13,1% a mais em relação ao levantamento mostrado no último domingo (15/03).
Confira mais fotos e veja como os farmacêuticos estão trabalhando na Itália:
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