Pesquisa liderada pela University of East Anglia (UEA), do Reino Unido, em colaboração com acadêmicos da Leiden University, da Holanda, e a rede Boots UK descobriu que milhões de pessoas poderiam se beneficiar com a triagem genética antes de receberem as prescrições de medicamentos comuns, revelou o portal Pharma Times Online.
Os pesquisadores descobriram que, para medicamentos em que há interações medicamentosas conhecidas, incluindo antidepressivos, antibióticos, tratamentos para úlceras estomacais e analgésicos, em 21,1% das ocasiões havia potencial para triagem genética.
Além disso, eles descobriram também que se essa triagem tivesse sido aplicada a todas as novas prescrições, estima-se que um em cada onze casos teria levado a uma mudança de medicamento ou dose – afetando mais de cinco milhões de itens dispensados.
Isso ocorre porque, dependendo dos resultados dos testes farmacogenéticos individuais, os indivíduos podem receber uma dose inicial mais alta ou mais baixa ou serem monitorados mais de perto durante os estágios iniciais do tratamento após a triagem.
“Esses resultados mostram que, anualmente, cerca de quatro milhões de pacientes no Reino Unido poderiam se beneficiar com essa nova tecnologia”, afirmou ao Pharma Times Online a pesquisadora farmacêutica da Escola de Farmácia da UEA, Essra Youssef.
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Para efeito da pesquisa, os cientistas consideraram os dados de dispensação do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) de 2019, de forma a determinar quantos pacientes iniciaram novas prescrições a cada ano.
“Uma melhor seleção de medicamentos com base nas informações genéticas do paciente pode significar menos efeitos colaterais e melhores resultados de tratamento. Isso não beneficia apenas o paciente, mas também o NHS, já que os pacientes podem não precisar voltar ao médico com tanta frequência para trocar a medicação”, acrescentou Essra.
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