O Reino Unido se tornou, na quarta-feira (09/12), o primeiro país do mundo a iniciar a vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) com o imunizante da Pfizer e da BioNTech. Por isso, no Brasil, já há grandes expectativas de quando a imunização terá início. Contudo, segundo o farmacêutico e gerente-técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes (foto), que também é professor do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, ainda não houve pedido de autorização emergencial para o antígeno em território nacional.
“Mesmo sendo uma vacina que ainda está em fase experimental, como o controle vai ser bastante intenso e a observação da Agência e de todos os envolvidos vai ser bastante próxima, a gente pode garantir que o uso vai ser seguro, pois, vai ser muito bem acompanhado e muito bem monitorado”, disse Mendes, que foi destaque no programa Fantástico da rede Globo, no domingo (13/12).
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A matéria ainda trouxe a história da primeira brasileira que foi vacinada no Reino Unido, a carioca Maria Lúcia Possas, que otimista mandou um recado para o Brasil: “Tem que ter aquela paciência para esperar, pois, esse dia [da vacinação no Brasil] está perto, mas tem que continuar usando máscara, passando álcool em gel nas mãos, mantendo o distanciamento social até que possamos todos festejar juntos [a imunização]”.
Maria Lúcia trabalha no sistema público de saúde britânico e vive no Reino Unido há 23 anos. Além de ser uma profissional que atua na linha de frente de combate ao vírus, ela teve prioridade porque é considerada grupo de risco, pois, é transplantada e tem uma vida com algumas restrições, precisando fazer uso diário de imunossupressores, que ajudam a prevenir a rejeição ao rim recebido da irmã, Silva Possas.
Previsão de vacinação no Brasil
Após ser pressionado por governadores, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o imunizante da Pfizer e da BioNTech poderá estar disponível para vacinar os brasileiros ainda neste mês.
Contudo, o presidente da Pfizer em território nacional, Carlos Murillo, negou que seja possível fornecer doses do antígeno para o Brasil: “Provavelmente em dezembro [de 2020] já não temos mais possibilidade de entregar. Teríamos que ter terminado antes [a negociação]. Alguns países vão começar a vacinar neste mês, mas assinaram [acordo] há um tempo, por isso estão começando a vacinar”, revelou ele, por meio de videoconferência.
CoronaVac
Além do antígeno da Pfizer, outras vacinas poderão dar início à vacinação no Brasil, como a CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac com o Instituto Butantan. Segundo o governador de São Paulo, João Doria, a imunização no Estado com a substância poderá ser iniciada a partir de 25 de janeiro de 2021.
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