A vice-diretora da Organização Munidal da Saúde (OMS), Mariângela Simão, explicou hoje (13/10) quais são as projeções para uma ação de vacinação em massa contra o novo coronavírus (Covid-19) no Brasil em 2021. Segundo ela, essa iniciativa é bastante improvável.
"Não vai ter vacina suficiente no ano que vem para vacinar toda a população, então, o que a OMS está orientando é que haja uma priorização de vacinar profissionais de saúde e pessoas acima de 65 anos ou que tenham alguma doença associada", disse ela, em entrevista à CNN Brasil.
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Segundo ela, no melhor dos cenários, é "razoável" imaginar que até o final de 2021, "com tudo correndo bem", possa haver "duas ou três vacinas aprovadas contra o novo vírus". "O importante agora não é imunizar todo mundo num país, o que é impossível: é imunizar aqueles que precisam em todos os países", concluiu.
Expectativas políticas
Apesar das projeções da OMS, há alguns líderes políticos que estão planejando o início da vacinação em massa para 2021. Esse é o caso do governador de São Paulo, João Doria, que prevê imunizar toda a população do Estado até março de 2021.
Ainda segundo o Doria, a previsão inicial era de imunizar toda a população de São Paulo até fevereiro de 2021, entretanto, esse prazo foi estendido e revelado por ele em coletiva de imprensa em 30 de setembro de 2020.
Já em relação a vacinar grupos, como profissionais de saúde, o governador destacou até uma data prevista para o início da imunização, 15 de dezembro. “Vamos respeitar todos os procedimentos de testagem e de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E aí sim, o início da vacinação em 15 de dezembro, começando pelos profissionais de saúde. Médicos, enfermeiros, paramédicos, aqueles que atuam em hospitais públicos, privados e em todas as unidades de saúde públicas, municipais e estaduais. No Estado de São Paulo, aqueles que atuam nessas unidades serão os primeiros a serem vacinados contra a Covid-19”, declarou ele, em matéria publicada por meio do portal Exame.
Ainda de acordo com a informação, o governo de São Paulo e o laboratório chinês Sinovac, responsável pelo desenvolvimento da vacina em parceria com o Instituto Butantan, assinaram um acordo para a compra de 46 milhões de doses do antígeno para o Estado.
Vale ressaltar que, atualmente, o imunizante está em fase de testes e já foi submetido à análise regulatória da Anvisa.
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