A hiperglicemia é um fator de risco contínuo que está associado ao desenvolvimento e à progressão de complicações micro e macrovasculares. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, no momento do diagnóstico do DM2, 8% a 16% dos pacientes já apresentam retinopatia, 17% a 22% já têm microalbuminúria e 14% a 48% já têm algum grau de neuropatia periférica.
O risco de progressão para DM2 é ligeiramente maior em pacientes com intolerância à glicose (ITG) do que com glicemia de jejum alterada (GJA). Pacientes com glicemia de jejum entre 110-125mg e com hemoglobina glicada (HbA1c) 6,0-6,4% também têm risco maior.
Diversos fatores contribuem para o crescimento contínuo de diabetes tipo 2 em todo o mundo. A maioria deles está relacionada a níveis crescentes de obesidade, dietas não saudáveis, falta de atividade física na população mundial, a idade avançada e a história familiar pregressa de DM2.
Veja a seguir sete tópicos que ajudam a conhecer e se prevenir contra essa doença silenciosa. A pesquisa contou com levantamento do blog DiabetesFarma.
- O que é – o diabetes tipo 2 é conhecido por sua produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou pela incapacidade do organismo de utilizar a insulina produzida de forma eficiente. Geralmente, a doença surge depois dos 40 anos, em pessoas com sobrepeso, sedentárias e com maus hábitos alimentares.
- Carga genética – o diabetes tipo 2 geralmente se manifesta em pacientes com histórico familiar de diabetes. Assim, quem possui o componente genético tem o fator de risco de desenvolver a doença.
- Diagnóstico facilitado – diagnosticar o diabetes tipo 2 pode ser realizado por meio de exame de sangue normal, por meio do cálculo dos valores de glicemia de jejum (igual ou maior que 126 mg/dl, em duas ocasiões). Além disso, o exame de glicose após a ingestão de uma quantidade específica de glicose também é uma alternativa para o diagnóstico – colhendo-se a glicemia duas horas depois com valor maior ou igual a 200 mg/dl.
- Estágio inicial – além do diabetes dos tipos 1 e 2, ainda há um estágio anterior à doença, chamada de pré-diabetes. Quem tem essa condição não apresenta os mesmos sintomas de quem possui diabetes, por isso que é difícil de diagnosticar sem um exame laboratorial. Apesar da falta de sintomas aparentes, os pacientes com pré-diabetes já possuem maiores chances de ter problemas graves de saúde como o infarto.
- Controle é fundamental – o diabetes tipo 2 não tem cura, porém pode ser controlada com mudanças de estilo de vida. É importante focar na redução do peso corporal e no controle dos valores da glicemia, realizando atividades físicas adequadas e seguir uma dieta alimentar balanceada feita por um profissional especializado.
- Insulina – nos casos mais graves de diabetes tipo 2 o paciente não consegue controlar a doença somente com a mudança de hábitos ou com medicamentos orais. Dessa forma, será necessário fazer uso de insulina injetável para controlar a glicose. Mas esse tratamento só deve ser feito com um acompanhamento médico especializado.
- Diabetes em crianças e adolescentes – muitas pessoas acreditam que o diabetes tipo 2 só se manifesta em adultos. Isso está errado, uma vez que há um aumento de adolescentes com esse tipo de diabetes, principalmente devido à obesidade infantil.
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O diabetes tipo 2 é o tipo mais comum de diabetes, a hiperglicemia é o resultado, inicialmente da incapacidade das células do corpo para responder totalmente à insulina, uma condição denominada resistência à insulina. Com o início de resistência à insulina, o hormônio é menos eficaz e, em no devido tempo, leva a um aumento na produção de insulina. Com o tempo, a produção inadequada de insulina pode se desenvolver como resultado da falha das células beta pancreáticas em manter-se com demanda.
Representando mais de 90% de todos os diabetes em todo o mundo. E o número de pessoas diagnosticadas com a doença vem aumentando nas últimas décadas. Segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF 2021). Estima-se que 537 milhões de adultos com idades entre 20 e 79 anos vivem atualmente com diabetes. Isso representa 10,5% da população mundial nessa faixa etária. As mulheres (8,4%) apresentaram maior proporção de relato de diagnóstico de diabetes que os homens (6,9%). Em relação à escolaridade, observou-se que a faixa que apresentou maior predominância de diagnóstico de diabetes foi a das pessoas sem instrução e fundamental incompleto, 12,9%, ao passo que as proporções da população diabética com médio completo ou superior incompleto e com superior completo eram bem menores (4,6% e 4,7%, respectivamente).
A crescente urbanização e a mudança de hábitos de vida (por exemplo, maior ingestão de calorias, aumento do consumo de alimentos processados, estilo de vida sedentário) são fatores que contribuem para o aumento da prevalência de diabetes tipo 2 em nível social. Enquanto a prevalência global de diabetes nas áreas urbanas é de 10,8%, nas áreas rurais é menor, de 7,2%. No entanto, essa lacuna está diminuindo, com a prevalência rural aumentando.
Prevalência
- Prevê-se que o número total aumente para 643 milhões (11,3%) até 2030 e para 783 milhões (12,2%) até 2045
- Estima-se que 240 milhões de pessoas vivem com diabetes não diagnosticada em todo o mundo, o que significa que quase um em cada dois adultos com diabetes não sabem que têm a doença
- Quase 90% das pessoas com diabetes não diagnosticada vivem em países de baixa e média renda
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