Um novo teste chega ao mercado nacional para auxiliar no diagnóstico do coronavírus (Covid-19), elaborado pela companhia de biotecnologia Neoprospecta. O método é inovador e de baixo custo. Segundo a empresa, a tecnologia já pode ser considerada a mais barata do Brasil, pois, o teste custa apenas R$ 69,00.
Outro detalhe importante do novo método é que ele visa acelerar a quantidade de pessoas diagnosticadas com o novo vírus. Por meio do sistema RT-PCR, que é considerado o ‘padrão ouro’ para os testes, o exame permite testar 16 amostras de uma só vez, ou seja, utiliza um mecanismo de testagem em massa.
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Em entrevista exclusiva à equipe de jornalismo do Portal do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, o CEO da Neoprospecta, Luiz Fernando Oliveira, revelou que o método tem sido utilizado por diversas empresas e indústrias que visam testar seus colaboradores. “Estamos conversando com algumas indústrias farmacêuticas e de outros segmentos, além de uma série de outros clientes”, explicou.
Eficácia
Se por um lado os testes rápidos estão envolvidos em uma polêmica quanto à eficácia, o método RT-PCR é considerado o mais seguro para diagnosticar a doença. Nesse sentido, Oliveira explica: “Nosso teste tem uma especificidade de 99,9% e uma sensibilidade de 95%. Como nosso método funciona: primeiro, é feita uma triagem com 16 amostras juntas, caso o resultado dê positivo, nós repetimos o exame para identificar quem é o indivíduo infectado”.
O método funciona da seguinte maneira: são coletadas duas amostras de cada paciente, sendo que uma delas é analisada em conjunto. Caso seja constatada a presença do novo vírus, uma testagem mais completa é feita na amostra que apresentou contaminação. Esse sistema foi implementado com o intuito de evitar o resultado falso positivo.
Ele continua: “Nosso teste é feito em duas etapas, por isso, que a gente consegue disponibilizar o produto por um valor mais barato que outros laboratórios que também fazem o RT-PCR”, destaca.
Sucesso
O método tem ganhado tanta repercussão que já foi utilizado, inclusive, para testar parte de população de Florianópolis, por meio de uma iniciativa desenvolvida pela Secretaria de Saúde daquele município. Nesse sentido, Oliveira ressalta que vários lugares do mundo estão utilizando o sistema de testagem em massa para conter a proliferação do novo vírus.
“A identificação do vírus precisa ser rápida, relativamente barata e atuar na cadeia de pacientes infectados que são assintomáticos. Isso ajuda a reduzir a transmissão do coronavírus entre pessoas. Todos os países que controlaram a pandemia testaram em larga escala a população. Nosso teste consegue detectar pessoas que tenham carga viral baixa, comum em pacientes assintomáticos”, disse ele, em recente entrevista à revista Exame, ressaltando que, atualmente, o teste é comercializado para empresas.
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