Coronavírus: farmacêuticos são voluntários para testar vacina

Coronavírus: farmacêuticos são voluntários para testar vacina

Começou nesta semana o processo de seleção de profissionais de saúde voluntários para testar a vacina que está sendo coordenado pelo Instituto Butantan, parceiro da empresa chinesa Sinovac Biotech para a fase 3 dos ensaios clínicos. Os testes serão realizados em 12 centros, localizados em quatro estados e no Distrito Federal. Os farmacêuticos que desejarem participar devem acessar a plataforma pelo site do Governo do Estado de São Paulo para se inscrever.

A plataforma permite que o interessado responda a algumas questões para saber se tem o perfil necessário para participar dos testes. Apenas profissionais de saúde que estejam atuando diretamente no combate à Covid-19 poderão participar do estudo, segundo apurou o G1. Outros pré-requisitos são que os voluntários não tenham se contaminado pela doença anteriormente, mulheres não estejam grávidas ou planejem engravidar nos próximos três meses, e que os voluntários morem perto de um dos centros de pesquisa que conduzirão o projeto. O prazo do recrutamento dos voluntários vai depender de cada centro de testagem.

De acordo com o Instituto Butantan, após o candidato obter o resultado de que está apto ao fim da triagem, ele deverá entrar em contato diretamente com o centro de testagem selecionado para realizar a inscrição. Cada centro ficará responsável pelas informações coletadas dos voluntários, que serão sigilosas.

Segundo o governo paulista, após o recrutamento, a vacina deve começar a ser aplicada nos voluntários no dia 20 de julho. Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal.

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Em São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Instituto de Emílio Ribas; Hospital Albert Einstein; Universidade Municipal de São Caetano do Sul; Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas); Faculdade de Medicina de Rio Preto; e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Nos outros Estados, os testes serão feitos na Universidade de Brasília (UnB); Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro; Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais; Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul; e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

“No mundo são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos. Desses 12, apenas três estão na chamada fase 3. Então, a partir da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nós nos credenciamos como uma das três vacinas que têm grande chance de chegar ao público muito rapidamente”, afirmou ao G1 o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

O avanço da pandemia no Brasil, com a crescente circulação do vírus, permitirá resultados mais rápidos para a pesquisa com as possíveis vacinas, explicou Covas. “A China não seria um bom lugar para fazer o estudo, com o número de casos diminuindo. O Brasil está em um momento propício para os estudos clínicos”, concluiu.

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Se os resultados forem positivos e a vacina se mostrar eficiente e segura, o Instituto Butantan terá capacidade para produzir até 100 milhões de doses. Segundo o governo de São Paulo, a instituição está se preparando para isso, adaptando uma fábrica para a produção do imunizante. O acordo com o laboratório chinês prevê que o Brasil ficará com 60 milhões de doses para distribuição. Nos planos do governo paulista, a vacina poderá estar no SUS a partir de junho de 2021.

Batizada de CoronaVac, a vacina da Sinovac usa pedaços inativados do novo coronavírus (que não podem causar a doença) para estimular a resposta imunológica. Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe). Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para se defender contra a Covid-19.

Critérios para o profissional de saúde ser voluntário

  • Precisa estar atuando no combate à Covid-19
  • Não pode já estar participando de outros estudos clínicos
  • Não pode ter contraído a Covid-19
  • Mulheres não podem estar grávidas ou terem intenção de engravidar nos próximos três meses
  • Não pode ter doenças instáveis ou precisar de medicações que alterem a resposta imune
  • Morar perto do centro de testagem

A inscrição dos profissionais de saúde voluntários pode ser feita aqui.

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