Estudo realizado por pesquisadores da Academia Nacional de Ciências (NAS), nos Estados Unidos, levantou a ideia de que o novo coronavírus (Covid-19) pode se espalhar pelo ar e ser transmitido, inclusive, por meio da respiração. Embora a análise não são seja conclusiva, a tese gerou grande repercussão já que, até o momento, a forma de transmissão do vírus seria apenas por grandes gotículas emitidas pela tosse ou espirro.
Em um relatório direcionado ao chefe do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, Kelvin Droegemeier, o responsável pelo comitê de doenças infecciosas da NAS, Harvey Fineberg, emitiu um alerta sobre a pesquisa: "Os resultados dos estudos disponíveis são consistentes com a aerossolização (dispersão no ar de um material líquido ou solução) do vírus pela respiração normal", destacou o cientista, segundo matéria publicada na revista Science Magazine.
Leia também: Coronavírus atinge outros órgãos antes de afetar o pulmão
A transmissão por aerossóis, destacada por Fineberg, ocorre por meio da eliminação de minúsculas partículas pela tosse, espirro, respiração e até fala. No início de março, os pesquisadores da NAS já tinham levantado o debate ao afirmarem, em uma entrevista ao The New England Journal of Medicine, que o vírus poderia flutuar no ar em gotículas de aerossol, com menos de 5 mícrons de diâmetro, por até 3 horas e permanecer com alto poder de infecção.
O relatório emitido pelos pesquisadores da NAS ainda aponta para outros estudos sobre o tema. Fineberg destaca, principalmente, uma análise realizada por cientistas do Centro Médico da Universidade de Nebraska, em que foram encontradas evidências generalizadas de RNA viral em salas de isolamento de pacientes em tratamento contra a Covid-19. Fato que reforçou a tese divulgada pela Academia, pois, a presença do RNA indica que o vírus pode se espalhar por aerossóis.
Mais preocupações
Outro destaque da pesquisa apresentada pela NAS levantou grande preocupação em relação ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), pois, caso a tese seja comprovada, o vírus poderia, facilmente, se espalhar pelo ar nas mais diversas situações, como, por exemplo, quando profissionais de saúde removem suas máscaras.
“A presença de RNA viral em gotículas de ar e aerossóis indica a possibilidade de transmissão viral por essas rotas”, aponta o relatório da NAS.
Posicionamento da OMS
Em contrapartida, na sexta-feira (27/03), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um boletim científico em que minimiza os impactos da tese de transmissão do vírus pelo ar. No entanto, o órgão não descartou todas as possibilidades.
“[A transmissão por aerossóis] pode ser possível em circunstâncias e configurações específicas que geram aerossóis", destacou a OMS, exemplificando, por exemplo, com situações em que os pacientes estejam entubados, em estado grave, com tubos de respiração. The best FREE PORN site
Contudo, representantes da OMS ressaltaram que uma análise realizada com mais de 75 mil casos de pacientes infectados pelo novo coronavírus na China, não revelou situações de transmissão por via aérea.
Participe também: Grupo de WhatsApp para receber notícias farmacêuticas diariamente
Obrigado por apoiar o jornalismo profissional
A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.