Na última sexta-feira (02/07), em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi categórica ao afirmar que “vacinas com prazo de validade expirado não têm garantia de eficácia e segurança”.
Conforme publicado pelo Metrópoles, o posicionamento da entidade se deu mediante a polêmica de que milhares de doses vencidas contra a Covid-19 teriam sido aplicadas em brasileiros.
A Agência frisou sua atuação e explicou que não compete a ela fazer a aquisição, distribuição e aplicação dos imunizantes utilizados no programa nacional de imunização.
“A agência atua na avaliação da qualidade, segurança e eficácia das vacinas e das condições de fabricação das empresas envolvidas na produção tanto do insumo farmacêutico ativo quanto do produto acabado”, destacou a nota da Anvisa.
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Segundo investigação da Folha de S.Paulo, quase 26 mil pessoas podem ter recebido o imunizante com data de validade vencida. O Metrópoles cita que o problema pode ter ocorrido em pelo menos 1.532 cidades, em abril passado.
A Anvisa lembrou que os dados avaliados, dentre eles o estudo de estabilidade, em condições controladas de temperatura e umidade, define o prazo de validade e condições de armazenamento do produto. Logo, impactam na logística de distribuição.
Farmacêuticas pedem ampliação de validade em vacinas
Paralelo a toda essa polêmica, em junho passado, a Anvisa aprovou o pedido de extensão de prazo da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Janssen. Com a aprovação, a validade do lote de 3 milhões de doses, programadas para chegar ao Brasil naquele mês, passou de 30 para 45 dias.
No entanto, para isso, a entidade destacou que as condições de armazenamento dos imunizantes deveriam ser de 2 a 8ºC. O gerente-geral da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) da Anvisa, Gustavo Mendes, em entrevista à CNN Brasil explicou os critérios utilizados para aprovar a extensão do prazo de validade de vacinas no País:
“Quando falamos em estender o prazo, precisamos ver dois aspectos: se ao aumentar esse prazo de validade a vacina mantém sua potência, garantindo a eficácia, e precisamos saber se na extensão do prazo de validade não existe nada que possa gerar alguma degradação ao imunizante”, explicou Mendes, que também é professor no ICTQ, na Pós-graduação de Assuntos Regulatórios, entre outros cursos.
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