Nesta quinta-feira (18), após denúncia anônima, a polícia civil de Maringá fechou uma fábrica clandestina que produzia medicamentos fitoterápicos e suplementos alimentares.
De acordo com o G1, o estabelecimento fica localizado no Jardim Higienópolis e só foi encontrado após a denúncia ser feita à Vigilância sanitária, que acompanhou o fechamento da fábrica.
Segundo a polícia, o local não tinha liberação para produzir os medicamentos. No entanto, no estabelecimento havia inúmeras prateleiras com milhares de cápsulas e frascos de medicamentos.
Além disso, todos os produtos, inclusive matéria-prima para produzi-los, eram manuseados e acondicionados de forma irregular, ou seja, sem qualquer padrão de qualidade, higiene e segurança, conforme destacou o delegado Luiz Alves.
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"Foram encontrados medicamentos corrompidos, que não poderiam estar sendo fabricados ali, e que estão sendo adulterados. O local não tem condições de higiene adequada ou autorização para que funcione como laboratório".
Além dos medicamentos, a polícia também encontrou cápsulas e caixas vazias de fármacos e máquinas para embalar os produtos.
A prefeitura de Maringá afirmou que a fábrica não tinha alvará de funcionamento e nem mesmo registro para emitir notas fiscais dos produtos.
Investigação
A polícia já declarou que, mediante as investigações, os medicamentos eram comercializados principalmente na internet, e em lojas clandestinas. Mas, também não descarta a possibilidade de lojas regulares também venderem os produtos.
No local, os policiais encontraram duas mulheres que foram encaminhadas à delegacia para serem ouvidas. Segundo o delegado, elas aparentavam ser faxineiras e não têm qualquer responsabilidade sobre o estabelecimento.
Quanto aos medicamentos clandestinos, eles foram apreendidos e serão periciados para identificar as substâncias.
De acordo com o delegado, o próximo passo é investigar quem era o responsável pela empresa, que, após localizado, deve ser responsabilizado por crime contra a saúde pública.
Riscos à saúde
Em vista dessa situação, cabe reforçar o alerta à população sobre os riscos que esses tipos de medicamentos podem ocasionar à saúde. Muitas pessoas às vezes não sabem que estão consumindo um produto clandestino.
Para evitar isso, o farmacêutico do Ministério da Saúde e professor da Pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, explica que os pacientes devem estar atentos ao número de registro do medicamento na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para verificar se ele é regulado pela entidade e, assim, evitar riscos à saúde com produtos irregulares.
“Os medicamentos falsificados oferecem sérios riscos à saúde de quem os consome, principalmente intoxicações e reações alérgicas. Por isso, todas as pessoas devem saber a procedência do medicamento e, em caso de dúvidas, consultar o site da Anvisa (clique aqui), no qual pode verificar a existência de registro, bulas, produtos irregulares, dentre outras informações”.
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