Um farmacêutico foi preso, na sexta-feira (13/11), acusado de comercializar anabolizantes e medicamentos em geral contrabandeados. A farmácia funcionava no bairro no bairro Padre Aldo Bolini, em Bragança Paulista (SP). Segundo as autoridades, muitos produtos ainda não tinham registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), acompanhados por uma equipe da Vigilância Sanitária, estiveram no estabelecimento e constataram as irregularidades, pois, havia muitos produtos escondidos. Além da prisão do dono, a farmácia foi multada e só poderá colocar à venda medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e cosméticos.
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No inquérito, o farmacêutico vai responder pelo crime de falsificação e corrupção de produtos terapêuticos e medicinais, em que a pena pode variar entre dez e quinze anos de cadeia.
Casos semelhantes
Em março deste ano, a equipe da Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico (Denar) prendeu em flagrante um falso farmacêutico e subtenente de Infantaria do Exército, Alexandre Santos Amaral, acusado de vender, ilegalmente, anabolizantes e outros medicamentos. O suspeito foi detido em sua casa, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS).
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Hoffman D'Avila, no apartamento do suspeito foram encontradas mais de 200 caixas de esteroides, seringas, uma máquina de cartão de débito e uma de crédito, ambas utilizadas para a venda de produtos.
Ainda de acordo com o delegado, o subtenente utilizava as redes sociais para divulgar os produtos. No momento da prisão, ele vendia cinco caixas de testosterona, a R$ 250 cada uma delas. Por isso, ele foi autuado em flagrante por tráfico de anabolizantes e posse irregular de armas.
"Não configura tráfico de drogas, mas sim, crime contra a saúde pública. Os medicamentos não constam no registro da Anvisa, disse o delegado ao G1.
Na época, a polícia checou as últimas transações bancárias realizadas na máquina de cartão do suspeito, encontrando registros de pagamentos de R$ 65,00, R$ 135,00, R$ 750,00 e até R$ 1.051,00.
Segundo o delegado, o suspeito se comportava como se fosse um profissional: "Ele praticava ações como se fosse um farmacêutico", explicou D'Avila, destacando que Amaral fazia o ‘serviço completo’.
Além disso, o subtenente também prescrevia sibutramina avaliava os pacientes e até realizava as aplicações dos anabolizantes. A polícia explicou que, no apartamento, o acusado mantinha uma quantidade de produtos ‘típica de uma farmácia artesanal’, conforme informação divulgada no portal Campo Grande News.
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