Uma quadrilha que produzia e comercializava um falso medicamento para emagrecer foi desmantelada pela polícia federal (PF) nesta terça-feira (29/09). Segundo informações das autoridades, o fármaco que era vendido como fitoterápico trazia em sua fórmula sibutramina e fluoxetina, substâncias que, inclusive, necessitam de prescrição para dispensação na farmácia.
Ainda de acordo com as informações, os suspeitos atuavam em Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Segundo o jornal O Tempo, a produção do medicamento era realizada em laboratórios ilegais. Acredita-se que os envolvidos tenham um patrimônio estimado em R$ 10 milhões, sendo que alguns bens foram, possivelmente, ocultados, entretanto, os agentes conseguiram sequestrá-los.
Ao todo, as investigações duraram cerca de 6 meses, resultando em uma operação intitulada 'Work Out' que cumpriu 14 mandados de prisão e outros 31 de busca e apreensão em Belo Horizonte, Uberlândia, Araxá e Ituiutaba (MG); São Paulo e Cajamar (SP); Livramento de Nossa Senhora e Rio das Contas (BA).
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O falso fitoterápico era divulgado como um milagre para quem busca o emagrecimento. Nesse sentido, era prometido que o produto seria uma solução rápida.
Com fabricação clandestina em laboratórios que não são regulamentados por órgãos sanitários, os suspeitos acrescentavam à fórmula compostos que se forem mal administrados podem apresentar riscos à saúde, como é o caso da sibutramina, substância conhecida em território nacional, utilizada para quem busca emagrecer; e a fluoxetina, normalmente indicada para quadros de depressão e ansiedade.
Mais detalhes graves
Em nota, a PF revelou que alguns dos responsáveis pela manipulação do falso medicamento estavam infectados pelo novo coronavírus (Covid-19), entretanto, mesmo assim, eles continuaram trabalhando na fabricação do produto, ainda segundo o jornal O Tempo.
Andamento das investigações
Todos os mandados expedidos pela 5ª Vara de Uberlândia foram cumpridos nesta terça-feira (29/09). Com isso, os suspeitos deverão ser indiciados e responder pelos crimes: lavagem e ocultação de bens, organização criminosa e crime contra a saúde pública. Caso sejam condenados, os envolvidos poderão pegar até 33 anos de reclusão.
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