Hoje (23/09), a polícia federal (PF) deflagrou a Operação Abutre no período da manhã, que visa investigar um grupo criminoso que fraudava o programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde (MS). Segundo informações publicadas no portal G1, ao menos 10 milhões foram desviados pelos criminosos.
Na ação, cerca de 70 policiais federais cumpriram 17 mandados de busca e apreensão. Desse total, 14 foram realizados em Luziânia, no entorno do Distrito Federal, incluindo o sequestro de um imóvel situado em um condomínio de luxo.
Os demais mandados foram realizados em Brasília (DF), Nova Cantu (PR) e Confresa (MT). Apenas em uma residência, a PF já apreendeu mais de R$ 216 mil.
Em nota à imprensa, a PF deu detalhes sobre como os criminosos agiam: “A investigação identificou que o grupo adquiriu fundos de comércio de farmácias, mediante sucessão societária fraudulenta, encerrando, na sequência, as atividades comerciais, promovendo, entretanto, lançamentos inexistentes (vendas efetivamente não efetuadas – dispensação de medicamentos) no banco de dados do Programa Farmácia Popular, a fim de desviar valores vultosos do referido programa federal”.
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Com isso, ao menos R$ 10 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos destinados ao programa, que tem como ideia principal oferecer medicamentos considerados essenciais com preços mais acessíveis à população.
Entre outras medidas que já foram adotadas, além da justiça determinar o sequestro do imóvel localizado em um condomínio de luxo e cumprir os mandados de busca e apreensão, foi autorizado também o bloqueio judicial de contas bancárias que estão em nome dos investigados.
“A ofensiva visa identificar outras pessoas que teriam envolvimento com a organização criminosa, além de comprovar a destinação dos recursos públicos ilicitamente desviados, seja por meio de transferências para terceiros, aquisição de bens ou incorporação patrimonial em favor dos envolvidos”, afirmou a PF.
Os envolvidos
Até a manhã desta quarta-feira (23/09), nomes dos envolvidos ou dos respectivos comércios não foram divulgados, segundo o G1. Contudo, a operação da PF deve continuar, pois, visa identificar outros suspeitos que tenham envolvimento com esse grupo criminoso.
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