Novo medicamento promete aliviar a dor da anemia falciforme

Novo medicamento promete aliviar a dor da anemia falciforme

Aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o anticorpo monoclonal crizanlizumabe, do laboratório Novartis, promete aliviar a dor da anemia falciforme. Ele inibe, segundo o fabricante, complicações da doença que induzem a dor severa.

De origem genética, a doença falciforme é marcada por um defeito no formato das hemácias, as células que carregam oxigênio no sangue, conforme levantamento da revista Veja. Em vez de os glóbulos vermelhos serem redondos, eles assumem o formato de foice e ficam endurecidos. Isso provoca entupimentos em veias e artérias, o que pode acarretar infarto, derrame ou crises no fígado e nos rins.  Um dos sintomas mais comuns é a dor.

O crizanlizumabe promete tratar justamente essa dor. Ele é indicado para a prevenção de crises vaso-oclusivas (CVOs) em pacientes com a doença de 16 anos de idade ou mais. “É o primeiro medicamento desenvolvido especificamente para a doença falciforme”, destaca a diretora da Novartis, Simone Forny em entrevista à Veja. Aplicado por meio de infusões intravenosas mensais, o medicamento reduziu a frequência das crises dolorosas em 45% nos testes, segundo a médica.

De acordo com a Anvisa, o produto foi registrado em conformidade com a RDC 55/10 e teve a sua análise priorizada por se tratar de medicamento destinado para o tratamento de doença rara, em consonância com a RDC 205/17.

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Conforme o texto do registro, o crizanlizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado seletivo de IgG2 kappa que se liga à P-selectina com alta afinidade e bloqueia as interações com seus ligantes. Ele inibe as interações multicelulares adesivas mediadas pela P-selectina, que são um fator essencial na patogênese das crises vaso-oclusivas.

As CVOs são uma complicação aguda, recorrente e imprevisível da doença falciforme que induz isquemia tecidual e dor severa. Elas estão entre as principais causas de morbidade e lesões aos órgãos e constitui a causa mais frequente de atendimentos de emergência e hospitalizações. Também estão associadas à mortalidade precoce, figurando entre as causas mais comuns de óbito em pacientes com a doença falciforme.

Ainda segundo as informações contidas no registro da Anvisa, as CVOs costumam ser controladas sintomaticamente com analgésicos e outras terapias de suporte. O único tratamento disponível recomendado para reduzir a frequência de CVOs no Brasil é hidroxiureia/hidroxicarbamida (HU/HC), o qual não possui tal indicação aprovada em bula.

No entanto, seu uso pode ser complicado por efeitos colaterais severos, e muitos pacientes não toleram ou não estão dispostos a aceitar esse tratamento. Além disso, muitos outros continuam a apresentar CVOs apesar do tratamento com HU/HC. Portanto, havia uma necessidade médica significativa não atendida, segundo a Anvisa.

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A doença falciforme afeta predominantemente indivíduos cujos antepassados são originários da África Subsaariana, Índia, Arábia Saudita ou países do Mediterrâneo. Devido aos movimentos populacionais, a distribuição da moléstia se espalhou muito além de suas origens. No Brasil, há um grande número de afrodescendentes e, portanto, a doença falciforme é um grupo de distúrbios relevante.

Atualmente, segundo informações do Ministério da Saúde, estima-se que existam cerca de 60 mil a 100 mil pessoas no País com a doença. Sendo assim, ela foi incluída nas ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra, do MS, e nas regulamentações do Sistema Único de Saúde (SUS).

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