A Câmara de Mogi das Cruzes (SP) aprovou projeto de lei que obriga farmácias a serem pontos de descarte de máscaras de proteção, revelou o G1. O projeto deve seguir para a aprovação do prefeito, que tem até 15 dias para analisar. Se não vetar, ele devolve à Câmara para promulgação.
Enquanto a pandemia de Covid-19 fez com que o uso de máscara se tornasse parte da rotina da população como uma forma de proteção contra o vírus, livrar-se dela não foi definido com clareza. Segundo os especialistas, o descarte correto das máscaras, sejam elas de tecido ou cirúrgicas, deve fazer parte dos protocolos de segurança para contenção da doença.
É o que pensaram os vereadores de Mogi ao aprovar PL que obriga as farmácias que vendem máscaras a serem pontos de descarte adequados. O projeto determina ainda que os estabelecimentos destinem o material junto com os itens infectocontagiosos como agulhas, seringas e outros.
“Doença infectocontagiosa exige educação coletiva sempre. Se a máscara é jogada na rua, alguém pode pegar, seja uma pessoa em situação de rua, uma criança. É um grande risco”, esclareceu ao G1 o médico Marcos Molina.
De acordo com os especialistas, ao descartar uma máscara, o ideal é romper a corda que prende nas orelhas para que não sejam reutilizadas. A infectologista Raquel Muarrek explicou que todas as máscaras, sejam elas de tecido, TNT, uso hospitalar e cirúrgico, devem ser colocadas na embalagem primária – uma sacola plástica – e jogada na embalagem secundária, que seria a lixeira de resíduo comum.
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O farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, lembra que o descarte de máscaras era algo restrito a ambientes hospitalares e serviços que faziam uso dessa tecnologia, mas isso mudou.
“Atualmente, tornou-se rotina para toda a população e isso é preocupante porque é um objeto que pode estar contaminado e deve ser devidamente descartado”, salienta Poloni, destacando que a iniciativa de orientar à população os locais corretos de descarte é importante, mas cabe lembrar que nem toda máscara descartável é proveniente das farmácias.
“Isso tem que ser levado em consideração. Cabe ao governo a orientação de todos quanto ao descarte correto das máscaras descartáveis, evitando a contaminação de outras pessoas, bem como privando o meio ambiente desse resíduo”, finaliza Poloni.
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