O Ministério da Saúde (MS) estima que as primeiras doses da vacina contra a Covid-19, da farmacêutica americana Pfizer, devem começar a ser distribuídas no Brasil a partir da segunda quinzena de maio.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o Governo receberá 1.000.350 doses do imunizante, que foi desenvolvido pela Pfizer em parceria com a BioNTech. Esse lote, segundo o jornal, será distribuído em duas etapas aos Estados, para então, começar a ser feita a aplicação nos brasileiros, isso porque, o produto tem armazenamento específico que precisa ser seguido para garantir sua qualidade, segurança e eficácia.
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As vacinas precisam ser armazenadas a uma temperatura de -70ºC. No entanto, elas serão entregues às centrais estaduais numa faixa de temperatura de -25°C a -15°C. Isso será possível após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar as novas temperaturas de armazenamento.
Governo estima 200 milhões de doses da Pfizer
Além deste lote inicial, o Governo está em negociação com a Pfizer para fazer a compra de mais de 100 milhões de doses até o final do ano.
Dessa forma, se concretizada, o País totalizará 200 milhões de unidades do imunizante da farmacêutica. Este anúncio foi feito pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, em rede social, e foi confirmado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A vacina da Pfizer, cabe lembrar, já tem registro definitivo aprovado no Brasil. A aprovação foi dada pela Anvisa, em fevereiro passado. De acordo com a farmacêutica, a taxa de eficácia do imunizante é de 95%.
Quanto à aplicação, a vacina da Pfizer também precisa ser administrada em duas doses, com intervalo de 28 dias.
Com a chegada dos imunizantes da farmacêutica americana, o Brasil terá a terceira opção de vacina para combater a Covid-19, já que, até o momento, o País está aplicando as doses da CoronaVac e da AstraZeneca, que também são administradas em duas doses.
Diferenças entre vacinas
O gerente-geral da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, em vídeo exclusivo publicado no canal do Youtube do ICTQ (veja o vídeo completo aqui), explica os tipos de vacina desenvolvidas para a Covid-19 e porque elas seguem intervalos e dosagens diferentes.
“Muitas vezes uma dose só não é suficiente para atingir aquele mínimo de anticorpos necessários para neutralizar o vírus, então, por isso, precisa de uma dose de reforço, que ajuda a se atingir esse grau de anticorpos necessários”.
Mendes, que também ministra aulas na Pós-graduação de Assuntos Regulatórios, entre outros cursos no ICTQ, ressalta a importância de seguir os intervalos determinados nas bulas de cada imunizante.
“Esse intervalo é importante ser seguido à risca porque é justamente o intervalo para preparar o corpo para que a segunda dose possa ser efetiva e gerar esses anticorpos neutralizantes”, concluiu.
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