Promovido pela Embaixada da Índia em Brasília e pelo Conselho de Promoção de Exportações de Produtos Farmacêuticos da Índia, o evento on-line “Índia – Brasil: Fortalecendo Parcerias no Setor Farmacêutico”, realizado na quinta-feira (26/11), buscou compartilhar informações e identificar possibilidades de avanço bilateral no setor.
Índia e China, juntas, controlam a produção de medicamentos e equipamentos hospitalares, sendo fornecedoras dos insumos necessários para a preparação das vacinas que estão sendo desenvolvidas contra o novo coronavírus. Os indianos ocupam a terceira posição mundial de produção em volume e a 14ª em valor, conforme o site Embassy.
O país é o maior fornecedor global de medicamentos genéricos, com participação de 20% no fornecimento global em volume e também 62% da demanda mundial por vacinas. Segundo o embaixador da Índia, Suresh Reddy, cerca de 30% dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFA) utilizados pela indústria farmacêutica brasileira vêm da Índia. Perto de 90% dos IFAs utilizados no Brasil são importados.
Reddy defendeu no encontro um “passaporte da vacina contra a Covid-19” que permitiria a circulação de cidadãos imunizados da infecção. O diplomata ressaltou a delicadeza deste momento de pandemia e revelou que o Brasil é o sexto maior importador dos produtos farmacêuticos da Índia.
O encontro contou com a participação de autoridades e empresários de ambos os países, incluindo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, que destacou a importância de que a regulação favoreça o ambiente para o desenvolvimento de novos medicamentos, bem como a ampliação do acesso da população a medicamentos de qualidade, seguros e eficazes.
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Barra Torres ressaltou ainda “o compromisso da Agência com o estabelecimento de uma regulação clara e transparente, alinhada aos mais avançados padrões internacionais”. Nesse sentido, enfatizou a importância das iniciativas de convergência regulatória, das quais tanto a Anvisa quanto sua contraparte indiana participam.
Ele citou o Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Medicamentos de Uso Humano (ICH, na sigla em inglês), no qual a Anvisa é membro do Comitê Gestor, e a Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (do inglês ICMRA), em que a Agência é membro do Comitê Executivo.
O presidente da Anvisa tratou também das possibilidades de cooperação bilateral, amparadas por memorando de entendimento assinado pelas autoridades reguladoras de ambos os países em 2016.
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