O presidente Jair Bolsonaro indicou para compor a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o tenente-coronel do Exército Jorge Luiz Kormann para substituir a farmacêutica Alessandra Bastos Soares. O despacho foi publicado hoje (12/11) no Diário Oficial da União. Senado vai analisar a indicação.
Kormann precisa ter o nome aprovado por uma comissão e pelo plenário do Senado para assumir a diretoria. Se passar, ele entra na vaga aberta com o término do mandato de Alessandra Bastos Soares, que se encerra em 19 de dezembro. Atualmente, Kormann está na equipe do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, como secretário executivo adjunto da pasta.
Com a indicação, o presidente da República troca uma farmacêutica com reconhecida experiência no setor por um militar formado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras, com mestrado na mesma área e em Aplicações Militares, segundo o currículo publicado na plataforma Lattes.
Em outubro, Bolsonaro havia indicado o atual diretor do Departamento de Logística em Saúde da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, para a vaga de Alessandra Bastos Soares, mas a indicação foi cancelada, depois da divulgação de informações de que Dias estaria envolvido na autorização de um contrato de R$ 133,2 milhões suspeito de conter irregularidades, conforme apurou o Estadão.
No mês passado, quatro indicações de Bolsonaro para a Anvisa foram aprovadas pelo Senado. Dentre elas, a confirmação do contra-almirante da Marinha Antônio Barra Torres como diretor-presidente do órgão. Ele já estava à frente da agência, como interino, desde o início do ano. Os outros aprovados para compor a diretoria na ocasião foram: a farmacêutica Meiruze Sousa Freitas, a médica Cristiane Rose Jourdan Gomes e o advogado Alex Machado Campos.
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Por ocasião da nomeação dos diretores em outubro, a Anvisa revelou que durante a sabatina do Senado, “os indicados aos cargos de diretor e diretora responderam a diversas questões relacionadas à atuação do órgão sanitário, como autorização para pesquisa clínica, registro de vacina contra Covid-19 e de medicamentos em geral, além do controle de agrotóxicos e regulação de alimentos”.
Além disso, os aprovados também tiveram que responder perguntas sobre o trabalho da Agência com relação ao tabaco e seus derivados, cigarro eletrônico, regulamentação de fármacos à base de cannabis medicinal e desburocratização de processos regulatórios, entre outras questões.
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