General é efetivado como ministro da Saúde

General é efetivado como ministro da Saúde

Ministro interino da Saúde há quatro meses, o general do Exército, especializado em logística, Eduardo Pazuello, foi efetivado no cargo e tomará posse na próxima quarta-feira (16/9). Quando assumiu a interinidade do ministério, em 16 de maio, o País registrava 218.223 casos e 14.817 mortes por Covid-19. Hoje (15/9), os casos somam 4.356.690 e 132.297 pessoas perderam a vida pela doença.

Desde que assumiu a Saúde, os maiores feitos de Pazuello estão relacionados à aprovação das teses do presidente Jair Bolsonaro. Sob seu comando, a Saúde publicou orientações para uso da cloroquina desde os primeiros sintomas de Covid-19, mesmo sem a droga apresentar eficácia contra a doença.

A medida era uma exigência de Bolsonaro e atropelou recomendações dos próprios técnicos do ministério e de entidades de saúde, conforme revelou o Estadão. Sob sua gestão, o Ministério da Saúde também deixou de defender benefícios do distanciamento social e traçar estratégias sobre a quarentena.

Pazuello chegou ao ministério para ser o braço direito de Nelson Teich, que comandava a Saúde e ficou à frente da pasta menos de um mês. Antes de Teich, o MS estava nas mãos de Luiz Henrique Mandetta, que divergiu de Bolsonaro sobre a condução da crise para enfrentar o coronavírus. Ambos são médicos.

Bem diferente de Mandetta, que apresentava diariamente à imprensa informações atualizadas sobre a pandemia, Pazuello desde que assumiu o comando da Saúde não esteve em nenhuma entrevista coletiva e evita contato com jornalistas em geral.

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E foi além: chegou a retirar dados do total de casos da Covid-19 de painéis do ministério, o que levou órgãos de imprensa a organizar um consórcio para divulgar as informações. A pasta acabou recuando tendo em vista a repercussão negativa da atitude.

O interino inicialmente resistia a ser confirmado como efetivo, mas foi convencido pelo presidente. Segundo o Estadão apurou, Pazuello também tem afirmado que, na prática, nada será alterado, nem na equipe, com a sua mudança de status no ministério. Assim como em sua carreira no Exército.

Apesar da pressão para que militares passem para a reserva ao assumir postos de comando no governo, Pazuello disse a auxiliares que deve permanecer na ativa pelo tempo que for preciso. A ida para a reserva seria uma forma de não quebrar a hierarquia militar, já que ele é general de três estrelas. Como ministro, ficaria acima de militares de quatro estrelas.

Outra coisa que incomodava os comandantes das Forças Armadas, pelo fato de Pazuello ser da ativa, era o receio de que uma gestão desastrosa, em meio a uma crise sanitária, pudesse prejudicar a imagem do Exército.

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Nas últimas semanas, contudo, segundo apurou a Folha, Bolsonaro iniciou uma ofensiva sobre os comandantes militares para convencê-los a efetivar o general. Nas conversas, ele ressaltou que o pior da pandemia já passou e que a atuação do militar foi satisfatória. Se convenceu a alta cúpula não se sabe, mas prevaleceu sua vontade.

Talvez o inédito contingente de militares que Pazuello levou para o ministério possa ter pesado na conta e acalmou os companheiros de farda. Ainda como interino, ele aumentou o número de militares em cargos de comando e até mesmo em postos estratégicos – foram ao menos 28 nomeados.

Como legado de sua interinidade à frente do Ministério da Saúde, o Brasil se tornou o segundo país em número de casos e de mortes por Covid-19 do mundo – atrás apenas dos Estados Unidos. Quando assumiu, o Brasil era o sexto país em número absoluto de casos, atrás de Estados Unidos, Rússia, Espanha, Reino Unido e Itália.

E Pazuello tem outro dado sob sua gestão: o recorde nacional de óbitos causados pela Covid-19, que se tornou a causa-morte com mais vítimas em um único ano já registrado no País. As doenças isquêmicas do coração (que incluem os infartos) lideraram historicamente a lista de causa-morte e atingiram seu auge em 2019, com 116 mil óbitos em 12 meses, segundo o Uol.

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