O farmacêutico e secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde (MS), Arnaldo Correia de Medeiros (foto), divulgou, nesta terça-feira (28/07), a data de chegada das primeiras unidades da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), desenvolvida pela Universidade de Oxford. Segundo ele, caso a eficácia do antígeno seja confirmada, 100 milhões de doses já foram encomendadas pelo Governo brasileiro, sendo que 15 milhões poderão chegar em território nacional em dezembro deste ano.
Atualmente, a substância imunizante, que é produzida em parceria com a indústria farmacêutica AstraZeneca, está na terceira e última fase de testes. "Nessa encomenda está previsto o primeiro lote, para chegar em dezembro, e o segundo lote em janeiro. Muito em breve, se tudo der certo, nós teremos a vacina em dezembro com a ajuda de Deus e o esforço e trabalho de toda a comunidade científica", afirmou o secretário em entrevista à CNN Brasil.
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O farmacêutico destacou também que o Brasil terá uma vantagem, pois, poderá produzir a substância imunizante em território nacional, na fábrica da Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Vale lembrar que essa vacina não é a única com expectativa de chegada dentro de alguns meses. Na segunda-feira (27/07), o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o antígeno contra o novo vírus desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com a indústria chinesa Sinovac, deve começar a ser distribuído em janeiro de 2021.
Mais informações
A informação divulgada por Medeiros vai ao encontro de uma recente declaração do diretor da AstraZeneca, Pascal Soriot, em que ele revelou que o antígeno será vendido a preço de custo em todo o mundo. O CEO ainda contou que o laboratório pretende começar a disponibilizar a substância imunizante até o final de 2020.
"Nosso objetivo é fornecer a vacina para o mundo inteiro, temos uma meta que também é fazer isso sem lucro, ou seja, entregaremos a vacina a preço de custo em todo o mundo", disse ele, em entrevista publicada no UOL. O executivo ainda revelou os valores em dinheiro: "A preço de custo será em torno de 2,5 euros (equivalente a R$ 14,90) por unidade", afirmou.
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