O governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou na terça-feira (21/07), que a produção da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) pode começar em novembro, caso os testes realizados pelo Instituto Butantan, de São Paulo, confirmem a eficácia e segurança do antígeno.
"Havendo essa aprovação ao final de outubro, o Instituto Butantan estará apto para iniciar em novembro a produção de 120 milhões de unidades dessa vacina contra o coronavírus", disse Doria, em entrevista à GloboNews.
Doria também ressaltou: "É um fato extraordinário. Não há importação da vacina, o Instituto Butantan estará produzindo aqui a vacina contra o coronavírus. É a mensagem da esperança diante de um quadro tão grave e tão difícil quanto esse da pandemia que se instalou no Brasil e em outros 215 países do mundo", destacou.
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Segundo o governador de São Paulo, caso a eficácia do antígeno seja comprovada, a substância será disponibilizada em todo Brasil. “Evidentemente, que a vacina será destinada a todos os brasileiros, não apenas para aqueles que estão em São Paulo. Isso será feito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), [de forma] universal e gratuita a todos os brasileiros. O Instituto Butantan terá todo o domínio da tecnologia, pois, é isto que prevê o acordo com o laboratório Sinovac”, destacou Doria, por meio do portal da Secretaria de Desenvolvimento Regional.
O antígeno
A vacina está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a indústria farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. Intitulado Coronavac, o antígeno entrou para a terceira e última fase de testes clínicos, que poderão confirmar a eficácia da substância imunizante contra a doença.
Os testes estão sendo realizados com nove mil voluntários, em seis Estados em território nacional. Um grupo receberá duas doses do antígeno, em um período de duas semanas, e na outra metade dos voluntários será aplicado um placebo.
A opinião de Doria vem ao encontro do que acredita o secretário executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus em São Paulo, João Gabbardo dos Reis, que lembrou do projeto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.
Segundo ele, o fato de duas vacinas estarem na fase 3 de testes desenvolvidos em território nacional pode representar que o Brasil não irá depender de uma disputa com outros países para trazer a substância imunizante à população.
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