O Governo Federal nomeou o farmacêutico, Arnaldo Correia de Medeiros (foto), para ocupar o cargo de secretário de Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde (MS), em 5 de junho de 2020. Com a nova função, o profissional irá ser responsável pela área que monitora ações e programas de controle de doenças transmissíveis, como o novo coronavírus (Covid-19), dengue, malária e HIV no Sistema Único de Saúde (SUS).
Medeiros é formado em ciências farmacêuticas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e tem mestrado em bioquímica e imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele também é doutorado em ciências biológicas pela Universidade de São Paulo (USP) e professor associado da UFPB.
Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente
Com a indicação, o farmacêutico assume o lugar do enfermeiro e epidemiologista, Wanderson de Oliveira, que entrou para a pasta na gestão do ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ele foi considerado um dos principais profissionais a implementar ações de combate à pandemia do novo vírus.
Articulação
Segundo a Folha de S. Paulo, a nova indicação faz parte de uma estratégia de aproximação de Bolsonaro ao chamado Centrão. Nesse caso, o jornal revela que parlamentares e interlocutores do Governo atribuíram a recomendação do novo ao líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, o deputado, Wellington Roberto, que também é da Paraíba.
De acordo com o jornal, com o enfraquecimento do Governo frente à opinião pública, em meio à crise política e econômica somada à pandemia, o presidente passou a se aproximar de um bloco de partidos formado por: Partido Social Democrático (PSD), Solidariedade, Partido Progressista (PP) e PL.
Outras nomeações
Apesar de no caso de Medeiros a nomeação ter sido técnica, pois, ele é um profissional com vasto conhecimento em saúde, outras indicações do Governo para o MS estão gerando polêmica. Ao todo, ao menos 26 militares já foram nomeados para funções na pasta, em sua maioria para cargos de direção, coordenação e assessoria técnica.
A própria pasta está sob o comando interino do general Eduardo Pazuello, a quem é atribuído o aumento da presença militar em cargos do MS. Contudo, vale ressaltar que em diversas entrevistas ele tem dito que os militares devem permanecer, inicialmente, por 90 dias nas respectivas funções, entretanto, há possibilidade de prorrogação de período.
O mais recente militar indicado a um cargo na Saúde foi o coronel, Giovanne Gomes da Silva, que deixou o comando da Polícia Militar de Minas Gerais para ocupar a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que é um órgão vinculado ao MS.
Participe também: Grupo para receber notícias farmacêuticas diariamente
Obrigado por apoiar o jornalismo profissional
A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.