As farmácias do Acre foram as primeiras a aderir à campanha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e prometem divulgar nos estabelecimentos os canais de denúncias para as vítimas de violência doméstica do Estado. A ação faz parte da Campanha Sinal Vermelho, que vai ser lançada no próximo dia 10 de junho em todo o País.
Na semana passada, a Coordenadoria Estadual das Mulheres, com apoio da administração do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), reuniu-se virtualmente para apresentar a parceiros institucionais a campanha nacional. O Conselho Regional de Farmácias (CRF) e Sindicato das Farmácias do Acre prontamente aderiram para unir esforços e foram traçadas estratégias para ajudar as vítimas do Estado.
“O CRF vai trabalhar a sensibilização dos pontos comerciais. Vamos começar um planejamento de comunicação com os estabelecimentos e, obviamente, fazer uma orientação de como a pessoa pode usar a infraestrutura da loja para se defender ou gerar uma denúncia”, destacou ao G1 o diretor-executivo de farmácias, Robson Fugihara. Ele acrescentou que a fixação de cartazes com os canais de denúncias começam na próxima semana. Porém, a divulgação nas redes sociais e páginas do Conselho já começou.
Uma das estratégias a serem implementadas é a criação de um código para que a vítima, ao chegar ou ligar em uma farmácia, por exemplo, possa sinalizar que está sofrendo algum tipo de violência doméstica. Fugihara explicou ao G1 que há três passos para ajudar as vítimas. “O primeiro é divulgar os canais de denúncias, seja pelo telefone ou rede social. Temos uma população muito acessível nas farmácias, vamos divulgar em massa os canais de denúncia e sempre vai ter um cartaz com as orientações. O segundo plano é a denúncia”, afirmou o diretor, lembrando que a pessoa vai chegar ao estabelecimento com uma marcação, que pode ser um traço vermelho de batom na mão, e vai sinalizar para o pessoal da farmácia.
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O diretor acrescentou que haverá treinamento e capacitação dos profissionais das farmácias para que possam ajudar a vítima. “Estamos estudando também um terceiro passo, que a pessoa vai ligar na farmácia e perguntar, por exemplo, se tem máscara vermelha. Com isso, saberemos que é vítima de alguma violência. Vamos trabalhar com códigos. Estamos estreitando qual o melhor para contemplar a sociedade”, concluiu.
Segundo o CNJ, a ação visa ampliar os canais de denúncia para atender a mulher vítima de violência doméstica e conta com vários parceiros, entre eles, a Associação dos Magistrados Brasileiros, a articulação das Coordenadorias Estaduais das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar dos Tribunais de Justiça brasileiros (Cocevid), bem como do Fórum Nacional de Juízes da Violência Doméstica (Fonavid).
Para o corregedor-geral da Justiça do Acre, desembargador Júnior Alberto, a videoconferência possibilitou estabelecer as providências que cada instituição pública e parceiro da rede privada deverão adotar na área de suas respectivas atribuições. “É triste a realidade do agravamento da violência doméstica, com o isolamento social. Temos visto situações que precisamos e estamos adotando medidas para ampliar a rede de atendimento às mulheres”, disse.
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