A indústria farmacêutica Kyowa Kirin anunciou ontem (29/7) que vai recolher voluntariamente em Portugal lotes de um medicamento de uso hospitalar para prevenir náuseas ou vômitos devido à possibilidade de conter neles partículas de fibras de vidro visíveis, informou o órgão regulador de medicamentos português.
Segundo apurou o site TVI 24, trata-se de alguns lotes do medicamento Xomolix (Droperidol), 2,5 mg/ml, solução injetável, 10 ampolas de 1 ml, usado também quando se recebe analgésicos à base de morfina após uma cirurgia.
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) de Portugal explicou que o recolhimento voluntário, que abrange dois lotes do medicamento com validade até março e abril de 2023, se deve à possibilidade de existirem partículas de fibra de vidro visíveis.
Além de determinar a suspensão imediata da comercialização desses lotes, o órgão regulador português informou que as entidades que os possuam em estoque não podem vender, dispensar ou administrar o medicamento, e devem proceder à sua devolução.
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Em casos como esse, o farmacêutico deve estar preparado para perceber possíveis desvios de qualidade e orientar o paciente imediatamente caso constate um problema ou tenha informações do órgão regulador, conforme explica o farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni.
“O farmacêutico deve estar atento aos desvios de qualidade aparentes, como embalagens avariadas, conteúdos em desconformidade com as características físico-químicas, e relatar ao fornecedor e à agência reguladora”, diz Poloni. “Além disso, cabe ao farmacêutico orientar o paciente como proceder nesses casos”, completa o professor.
A decisão da Infarmed pode ser consultada na íntegra no site da entidade.
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