Países como Estados Unidos, França, Reino Unido, Portugal, Alemanha, Japão, Arábia Saudita, Colômbia e mais de uma dezena de outros, cancelaram voos para o Brasil devido ao agravamento da pandemia no País. Isso tem prejudicado a logística de medicamentos. Aspen Pharma anunciou a interrupção temporária da importação do Florinefe.
Devido à inconstância e ao cancelamento de voos após o bloqueio aéreo entre países europeus e o Brasil, a Aspen Pharma notificou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a descontinuação temporária da importação do acetato de fludrocortisona (Florinefe) 0,1mg, fabricado pela empresa Haupt Pharma Amareg, localizada na Alemanha. As informações são da Anvisa.
De acordo com a Aspen, uma nova carga do medicamento estava prevista para chegar ao País em 17 de abril, porém, a data de embarque foi adiada duas vezes, podendo ainda ocorrer novos atrasos. Além da questão dos voos, outro aspecto que pesa é o prazo para o desembaraço aduaneiro do produto, que reforça a decisão do laboratório pela interrupção temporária da importação do Florinefe.
Adicionalmente, a empresa esclarece que possui estoque remanescente do produto no Brasil e que encaminhou todas as unidades disponíveis para um único distribuidor, que atende todo o território brasileiro, de forma a evitar o desabastecimento do mercado. Informou, ainda, que está prestando orientações aos interessados sobre como adquirir o medicamento, por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa – 0800-0262395 ou e-mail sac@br.aspenpharma.com.
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De acordo com a Anvisa, tão logo a situação de logística seja normalizada, será comunicada a reativação da comercialização do Florinefe no Brasil, único medicamento com o princípio ativo acetato de fludrocortisona, indicado para tratamento da doença de Addison, caracterizada pela incapacidade das glândulas suprarrenais (também chamadas de glândulas adrenais) de produzir quantidades suficientes de hormônios necessários para o organismo humano.
“A descontinuidade de medicamentos é algo rotineiro, entretanto, é obrigação da empresa produtora notificar com antecedência à Anvisa, que divulga essa informação em seu sítio eletrônico”, esclarece farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, lembrando que os farmacêuticos devem sempre ficar atentos a esses comunicados para orientar o paciente.
“O farmacêutico pode acompanhar esse processo, colaborando com o médico prescritor apontando as possíveis opções terapêuticas para cada caso. Em consequência, o paciente não terá seu tratamento interrompido”, salienta Poloni.
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