Uma idosa de 81 anos precisou ser socorrida às pressas depois de passar mal em uma farmácia de Sorocaba (SP). Uma câmera de segurança do estabelecimento flagrou o momento em que a farmacêutica Kellen Angelotti presta os primeiros socorros, revelou o G1.
Jacira Mizica Barboza Grande foi até a unidade na Avenida General Osório, em Sorocaba, para fazer um teste de Covid-19, já que apresentava sintomas. Ela estava acompanhada da filha Isabel Aparecida Grande. Depois de fazer o exame, ela passou mal e foi atendida pela farmacêutica.
Isabel relatou ao G1 que aproveitou o agendamento do teste e pediu para que a farmacêutica medisse a oxigenação da mãe, pois não estava conseguindo em casa. “Ela mediu em todos os dedos com o aparelho que eu trouxe de casa e com o dela também, e nada”, contou.
A farmacêutica orientou que Isabel levasse a mãe ao hospital logo depois que saísse da farmácia, já que o oxímetro do médico poderia ser mais sensível. “Na hora, a dona Jacira brincou que não queria ir pro hospital. Nós fizemos o teste swab e ela até comentou que era ruim. Logo depois, ela passou a falar umas coisas bem estranhas, começou a ficar tonta e não me respondia mais”, lembrou Kellen ao portal.
De acordo com a farmacêutica, a idosa estava com pressão baixa. Percebendo que ela passava mal, já começou a realizar os primeiros socorros. “Deixei ela em um banco, com as pernas para cima. Tentei tirar a pulsação, sem pulso. Coloquei a mão para ver se estava respirando, e sem respiração. Ela não voltava nem com a massagem cardíaca”, contou Kellen.
Depois de alguns momentos, Jacira começou a retomar a consciência com a massagem cardíaca e outros procedimentos. Logo em seguida, foi levada até um hospital. O teste para Covid-19 deu positivo. Segundo a filha, a idosa passou uma semana internada com oxigênio, mas não precisou ser intubada. Ela teve alta em 1º de abril.
“No dia em que ela saiu do hospital eu fui comprar os medicamentos na mesma farmácia e agradeci pelo esforço da Kellen. Ela me ajudou tanto. Não só salvando minha mãe, mas me mostrando qual o melhor caminho que eu podia seguir para conseguir atendimento no hospital”, salientou Isabel.
Para a farmacêutica, apesar de desesperadora, a experiência a deixou muito orgulhosa da profissão que escolheu. “Ela testou meu coração. Teve momentos em que achei que não fosse conseguir salvá-la, fiquei desesperada. Mas no fim tudo deu certo e fico muito feliz por ter contribuído. Me fez sentir realmente uma profissional da saúde”, disse Kellen.
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O farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, destaca que, em situações como essa, o farmacêutico deve, primeiramente, acolher o paciente que necessite de ajuda.
“Depois vai analisar os sinais, para que seja possível avaliar o paciente e tomar a decisão de uma possível consulta farmacêutica ou acionamento do SAMU ou ainda encaminhamento ao médico, conforme gravidade do caso”, diz Poloni. “Ressalte-se que o farmacêutico é profissional da saúde e pode agir em prol da vida do paciente, com ética profissional e conhecimento”, frisou.
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