O que o famoso slogan ‘tomou Doril, a dor sumiu’ e o estádio Neo Química Arena têm em comum? Ambos fazem parte das jogadas de marketing que a Hypera Pharma, uma das maiores companhias farmacêuticas do Brasil, construiu para se consolidar na liderança do setor no Brasil.
O nome que passou a estampar o estádio da Arena Corinthians foi uma sacada que mostra o quanto as estratégias da marca se assemelham ao futebol, conforme publicou a Forbes.
A parceria com o time paulista, firmada em dezembro de 2020, levou o nome da marca para o estádio de um dos maiores times de futebol do Brasil. Além disso, a Neo Química também estampou seu nome no esporte mais popular do País.
Popularidade é algo comum para Hypera, que, entre o seu portfólio tem medicamentos como Neosaldina, Benegrip, Engov, Buscopan, Rinosoro, entre muitos outros que fazem parte do dia a dia dos brasileiros.
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A estratégia no futebol, atrelada com outras extras campo, contribuiu para que a Hypera assumisse a liderança em diversos tipos de medicamentos e produtos. Como ocorreu, ainda em 2020, quando a companhia fechou negócio com a Glenmark para fazer a distribuição da linha dermatológica da empresa, além de ter comprado a família Buscopan e a marca Simple Organic. Além disso, outro destque foi o acordo firmado para aquisição de um portfólio de 18 medicamentos da gigante japonesa Takeda.
Essas aquisições fizeram a Hypera liderar o segmento de medicamentos no varejo sem prescrição médica. Além disso, ela ocupa a segunda posição em medicamentos genéricos, enquanto em medicamentos com prescrição é a terceira colocada.
Diversificação de produtos: resultados expressivos
A ampla variedade de produtos é outra ação que colocou a Hypera à frente da concorrência. Enquanto as demais marcas miram seus esforços em média a quatro linhas de diferentes produtos, a Hypera ataca todos os possíveis, como dermo, genéricos, similares, mercado de balcão e medicamentos com prescrição médica. Essa versatilidade contribuiu para a empresa fechar 2020 com uma receita líquida de R$ 4 bilhões.
A diversificação foi refletida nos números expressivos dos resultados da marca. De acordo com a companhia, “a evolução dos ganhos no ano passado é consequência do crescimento de 8,4% no sell-out (venda de produtos pela rede de distribuidores) em 2020, que foi impulsionado por genéricos, similares, medicamentos crônicos, produtos de prescrição, vitaminas, suplementos e nutricionais”.
Além disso, no HyperaDay, evento destinado aos investidores da companhia, o diretor financeiro, Adalmário Couto, declarou que o crescimento em 2020 foi de 24% e os produtos lançados nos últimos cinco anos foram responsáveis por metade deste resultado. “Os produtos anunciados nos últimos três anos – 250 novos itens – representam 25% da nossa receita, acho que fica claro o porquê da inovação ser importante para nós.”
Também em 2020, a empresa realizou operações e aquisições que resultaram em um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão - uma alta de 11,2%, em relação a 2019.
Enquanto isso, na última sexta-feira (09/04), a Hypera anunciou uma previsão de R$ 5,9 bilhões para receita líquida e R$ 1,5 bilhão para lucro líquido de 2021. A expectativa é apoiada na estratégia de seguir na inovação de produtos, procurando se manter como a principal indústria do mercado farmacêutico.
Planos futuros
A diretora-executiva de projetos estratégicos da Hypera, Vivian Angiolucci, destacou que existem três grandes frentes que a Hypera está focada para o futuro.
A primeira é a HyperaHub 2, segunda versão do programa de conexão com startups que busca oferecer consultoria na gestão da empresa.
O segundo esforço é o Parceiro Hypera, um sistema que irá customizar a oferta e fomentar o desenvolvimento do pequeno varejo.
Por fim, o terceiro braço, é o Hypera Ventures, fundo que investe em startups que “complementem nossa atuação com modelos que possam disruptar o mercado de saúde”, afirma Vivian.
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