A receita líquida da Biomm, uma das brasileiras pioneiras no setor de biomedicamentos, cresceu 5,5 vezes em 2020, alcançando a marca de R$ 58,6 milhões, ante R$ 8,9 milhões registrados em 2019, revelou o portal 2A+ Farma. Ano foi marcado pela ampliação do portfólio da empresa.
De acordo com a biofarmacêutica, seu lucro bruto passou de R$ 521 mil, em 2019, para R$ 13,9 milhões em 2020. O endividamento líquido caiu 12,8%, de R$ 35,7 milhões, em 2019, para R$ 31,1 milhões, no ano passado.
Apesar da pandemia, a empresa reforçou seu portfólio e segmentos farmacêuticos atendidos em 2020. Entre os novos produtos, ela passou a comercializar a insulina isofana Wosulin, da qual informa já ter conquistado market share de 3,3%.
Um ano antes, a companhia havia obtido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovação para os produtos Herzuma (trastuzumabe – medicamento oncológico usado no tratamento de câncer de mama), da qual afirma deter 11% de participação de mercado, e Afrezza (insulina humana em pó para inalação).
Ainda com o objetivo de ampliar o portfólio, a Biomm revela ter firmado parcerias importantes. Entre elas, está o acordo de licenciamento com exclusividade do Ghemaxan (enoxaparina sódica) junto à empresa italiana Chemi, que teve aprovação da Anvisa no Brasil em setembro. O biomedicamento é indicado na profilaxia e tratamento da trombose venosa profunda (TVP), assim como da angina instável. Ele também tem sido utilizado no tratamento da Covid-19.
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No radar da empresa, houve também a formalização de acordo de licenciamento do medicamento biossimilar Teriparatida, indicado para o tratamento da osteoporose, realizado com a indiana Enzene Biosciences Limited, em novembro de 2020. Em dezembro, a Biomm firmou mais um acordo de licenciamento com exclusividade, desta vez com a biofarmacêutica chinesa Bio-Thera, para o medicamento biológico Bevacizumabe, usado no tratamento de diferentes tipos de câncer.
Essa forma de atuação resulta no objetivo da companhia pela busca de consolidação no mercado de biomedicamentos brasileiro, com soluções nas áreas de oncologia, diabetes e anticoagulantes, além de outros segmentos como o de osteoporose.
“Ainda que pese todos os desafios e incertezas impostos pela pandemia, bem como a desvalorização cambial do real frente ao dólar, que aumentaram os custos dos medicamentos e despesas financeiras, é importante destacar que a Biomm cresceu e incrementou suas operações em 2020, seguindo a expansão das suas atividades”, afirmou o CEO da empresa, Heraldo Marchezini.
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