A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou alerta aos profissionais de saúde e à população enfatizando que a administração da primeira e da segunda doses da vacina contra a Covid-19 sejam realizadas com vacinas do mesmo fabricante.
“Não existe, até o momento, informação sobre intercambialidade entre as vacinas utilizadas no Brasil. Ou seja, não há dados que sustentem que a troca de fabricantes de vacinas entre a primeira e a segunda doses produza resposta imune ao novo coronavírus (SARS-Cov-2)”, afirmou a Agência em seu site.
De acordo com o órgão regulador, produto farmacêutico intercambiável é o equivalente terapêutico de um medicamento de referência, “comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de eficácia e segurança”.
A Anvisa alerta ainda que ao detectar a troca de fabricantes entre as duas doses da vacina, o paciente deve comunicar imediatamente o fato às autoridades de saúde, levando consigo o cartão de vacinação.
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Ao fabricante, a orientação da Agência é que ele registre a ocorrência no sistema VigiMed e ative o sistema de farmacovigilância para o acompanhamento do caso, cujas informações devem integrar o Sumário Executivo e o Relatório Periódico de Benefício-Risco.
Também o farmacêutico deve alertar o paciente sobre a correta utilização da vacina. “O farmacêutico, como profissional de saúde que lida diretamente com o paciente, deve alertá-lo para que seja averiguada a marca no momento da aplicação da vacina, colaborando com o trabalho do profissional aplicador”, salienta o farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni.
“Até o momento, não há estudos sobre intercambiabilidade de vacinas contra Covid-19. Sendo assim, não é recomendada a utilização de diferentes marcas de vacinas em um mesmo indivíduo, conforme alertou a Anvisa em seu site, orientando pacientes, profissionais de saúde e fabricantes acerca do assunto”, conclui o professor do ICTQ.
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