Com o propósito de promover a diversidade, inclusão e equilíbrio de gênero em sua cultura, a farmacêutica Bayer acaba de anunciar que estipulou uma meta de preencher 50% dos cargos de liderança com gestoras femininas. O objetivo é global e deve ser atingido até 2030.
Segundo a companhia, essa medida deve equiparar todas as baixa e média lideranças. Atualmente, elas são ocupadas 40% por mulheres e 60% por homens. Enquanto na alta liderança, a proporção feminina ainda é de apenas 33%.
O CEO global da Bayer, Werner Baumann, destacou que esse objetivo segue da marca está alinhado com os Princípios de Empoderamento das Mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU) e com o Compromisso EMPOWER do G20. Ele pontua ainda que o direcionamento favorecerá a companhia, tornando-a mais atrativa no mercado.
“A nossa abordagem para identificar, atrair, desenvolver, promover e reter talentos na nossa liderança criará uma força de trabalho ainda mais inclusiva e diversa, que nos fará uma empresa melhor e mais atrativa como empregadora.”, destacou o CEO.
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No Brasil, de 2017 até 2020, a Bayer avançou de 7% a 50% de participação das mulheres na alta liderança. Em todos os níveis gerenciais, a porcentagem de mulheres atinge 37% no País.
A diretora de Inclusão e Diversidade da Bayer Brasil, Flávia Ramos, pontuou que, embora os números sejam animadores, ainda há muito o que ser feito para assegurar a igualdade de gênero na gestão da companhia e promover um ambiente acolhedor para as mulheres.
“Ainda temos um longo caminho a trilhar para uma equidade plena de gênero, mas estamos orgulhosos do que já percorremos. Além de buscar um número representativo de mulheres em todos os níveis hierárquicos, entendemos que precisamos garantir um ambiente de trabalho acolhedor para essas profissionais”, afirmou.
Liderança feminina no setor farmacêutico
A coordenadora acadêmica do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico e especialista em farmácia clínica e prescrição farmacêutica, Juliana Cardoso, reflete sobre a ocupação das mulheres nos cargos de liderança feminina no setor farmacêutico.
Juliana analisa que, em sua maior parte, o setor tem predominância feminina, desde as bases da graduação até as cadeiras das especializações em pós-graduação. No entanto, quando se trata do mercado de trabalho, há uma disparidade de gênero na liderança.
“É lamentável dizer que grandes cargos como, por exemplo, gerentes, diretores e CEO são ocupados abundantemente por homens, temos diversas comprovações estatísticas que a diferença nessa paridade de gênero afeta na grande maioria das vezes, a mulher”.
A coordenadora pontua ainda a representatividade da mulher ao ocupar os cargos de liderança, uma vez que essa conquista reflete e inspira outras, pois “quando uma mulher obtém igualdade total em sua carreira profissional, ela não só faz jus a toda a sua dedicação, competência e conhecimento, mas também dá voz a inúmeras outras mulheres que a tem como exemplo”.
Por fim, Juliana cita o seu atual cargo de gestão como um modelo de superação de barreiras no setor farmacêutico, e essa conquista serve para empoderar e motivar novas mulheres na luta pela igualdade.
“Atualmente estou como coordenadora acadêmica do ICTQ. Ser mulher e líder neste setor não é apenas vencer a estatística que aponta as mínimas chances deste fato acontecer. É ser exemplo para outras meninas e mulheres, que nós somos e podemos ser, é viver e desfrutar do poder que o conhecimento nos traz com chances igualitárias indiferentemente do nosso gênero”, finalizou.
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