Com o objetivo de ampliar o acesso dos pacientes à insulina no país, a Biomm acaba de lançar o biossimilar Glargilin - insulina glargina. Segundo a empresa, o novo medicamento é disposto em refil unitário e caneta descartável, com preços mais acessíveis.
Esses diferenciais, segundo o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini, farão com que os pacientes não comprem doses além das necessárias para o seu tratamento mensal. Ele acrescenta que, dessa forma, além de economizar, os pacientes também evitam gastos extras.
A empresa destaca ainda que outro benefício do medicamento é a segurança, pois, segundo alguns estudos, a insulina glargina seria mais segura e estável do que a insulina humana (NPH) - a mais utilizada no País.
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O endocrinologista Mauro Scharf, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no Paraná, defende que o Glargilin traz facilidades para a vida do paciente no cuidado do diabetes, conforme ele explica a vantagem.
É preciso apenas uma aplicação ao dia, o que faz muita diferença para quem se trata da doença. Além disso, é mais uma opção no mercado, contribuindo para a acessibilidade”, afirma Scharf.
A importância do farmacêutico
O Brasil é o 5º país em termos de incidência de diabetes no mundo. Perde apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Atualmente, há 16,8 milhões de brasileiros com diabetes, ou seja, 7% da sua população, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Para o futuro, dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) sinalizam que, em 2030, o País terá cerca de 21,5 diabéticos.
Com essa margem crescente, cada vez mais se faz necessário que o farmacêutico tenha o conhecimento específico sobre a doença para conseguir identificar novos casos, dar a devida orientação e contribuir com o tratamento dos pacientes.
Essas diretrizes são essenciais para combater o diabetes, como defende o farmacêutico clínico e professor do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, André Schmidt.
“O farmacêutico deve ter o entendimento sobre a patologia do paciente no atendimento. Saber quais são os medicamentos que ele faz uso diário e esporádico, orientá-lo sobre horários de uso do medicamento e sugerir e encaminhar o paciente para consulta médica, se for necessário”, explica ele, em entrevista exclusiva ao canal da Instituição.
Ele destaca que “o farmacêutico tem um papel técnico e social muito importante, pois 70% dos pacientes não sabem que têm e não controlam o diabetes”.
Schmidt ressalta que o farmacêutico é o profissional da saúde mais disponível à população, e talvez o único tão acessível de forma imediata. Por isso, ele tem uma função fundamental na busca de soluções para esse problema de saúde, inclusive por meio de encaminhamentos aos especialistas quando identificado o pré-diabetes na farmácia.
O professor defende que, por meio do atendimento farmacêutico, é possível saber as reações adversas dos medicamentos e os desconfortos que o paciente sente ao utilizar algum medicamento e explicou as medidas a serem adotadas pelos profissionais de saúde.
“Existem medicamentos para diabetes que geram reações como diarreia, criando motivo para o abandono no tratamento por parte do paciente. Nesses casos, por exemplo, é possível fazer uma carta ao médico solicitando a substituição de um determinado medicamento por outro, ou ainda ajustar a dose do medicamento para conforto do paciente”, concluiu.
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