Após angariar bom lucro com a valorização das ações, Astrazeneca vendeu sua participação na empresa de biotecnologia norte-americana Moderna por US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões), revelou a Agência Reuters. O laboratório britânico-sueco detinha 7,7% dos papéis da Moderna.
Com a fatia que se desfez da Moderna – era o segundo maior investidor da empresa – a Astrazeneca pretende reforçar seu pipeline de medicamentos e concluir sua maior aquisição, a compra, por US$ 39 bilhões (R$ 222 bilhões), do laboratório norte-americano Alexion, especialista em doenças raras, conforme apurou o jornal The Times.
A Astrazeneca começou a investir na Moderna em 2013, pagando US$ 240 milhões (R$ 1,4 bilhão) à vista, e no final de 2019 já havia aumentado sua participação na empresa para 7,65%. Sete anos depois isso valeria cerca de US$ 3,2 bilhões (R$ 18,2 bilhões), com base no preço de fechamento das ações da Moderna em 2020 de US$ 104,47 (R$ 594,4), segundo cálculos da Reuters.
Para se ter ideia, em 2018, as ações da Moderna eram vendidas por US$ 23 (R$ 131) cada uma. Dois anos mais tarde elas valorizaram mais de cinco vezes, depois que a empresa começou a trabalhar em uma vacina contra a Covid-19 baseada numa nova tecnologia de mRNA.
A vacina da Moderna depende de ‘genes sintéticos’ para enviar uma mensagem ao sistema imunológico do organismo e produzir imunidade e pode ser fabricada em uma escala mais rápida do que vacinas convencionais como a Astrazeneca.
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Já a vacina do laboratório britânico-sueco, que está sendo desenvolvida com a Universidade de Oxford, usa uma versão enfraquecida do vírus do resfriado comum de chimpanzé para fornecer proteínas que aumentam a imunidade do organismo.
Na semana passada, a Moderna revelou que esperava US$ 18,4 bilhões (R$ 104,7 bilhões) em vendas da vacina este ano, colocando-a no caminho para seu primeiro lucro desde sua fundação em 2010, conforme a Reuters.
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